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Pele de angu assada e crocante

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Não falei nesta semana sobre a pele de angu frita? (angu, neste caso, parece uma coisa animal, não?). Alguns leitores mineiros convictos me corrigiram, dizendo que angu não leva sal. Se leva, é  polenta. Na verdade, quando o angu foi inventado não se botava sal porque não havia. Com sal, bem pouco, é bem mais gostoso, embora também aprecie bastante o angu insosso. Às vezes chamo de angu - quando não boto nada além de fubá fino, milho e ou não sal. Se faço com fubá de granulação mais grossa, com ou sem manteiga, com ou sem outros temperos, chamo de polenta. Esta é classificação aqui em casa. Por isto, porque fiz com fubá bem fininho, chamei de angu. Mas, mingau, que seja. Agora,  a pele vou continuar chamando como sendo de angu porque é mais poético que pele de polenta. E pronto.

O que quero contar é que se a polenta feita com fubá fino ou angu ou mingau  for deixada de um dia para outro na geladeira e ficar daquele jeito gelatinizado, de cortar, você pode homogeneizar no mixer, espalhar numa folha de silicone (ou no fundo de uma assadeira untado) com espátula para que fique uma camada bem fina e assar a cem graus por cerca de 30 minutos e terá uma grande pele que se quebra facilmente e fica extremamente gostosa e crocante. Tudo bem que não é uma pele aproveitada, uma pele espontânea, mas é questão de pele também. E é  um ótimo tira-gosto (especialmente se o angu tiver um pouco sal, desculpe aí).

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