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É tempo de jambinho-cereja. Creme de araruta com compota de jambinho

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Já falei do jambinho pink ou jambinho-cereja (Syzygium myrtifolium) aqui e ali

A sobremesa acabou ficando dentro da geladeira esquecida, tantas eram as comidas do Reveillon, mas a  fiz para a festa. E no outro dia, a devoramos. Os jambinhos-pink têm sabor de rosas e foram colhidos daquela mesma árvore que já mostrei aqui, em Piracicaba. 
Para ganhar tons mais avermelhados, a compota (a receita está aqui) recebeu algumas gostas de limão. Como quis intensificar ainda mais a cor, juntei umas pétalas de hibisco seca. O sabor azedinho fez lembrar damascos e rosas. E me fez lembrar do creme árabe malabie, aromatizado com misk, coberto com compota de damasco e água de rosas. Então fiz tudo diferente. 

O creme, fiz com leite, creme de leite, pacová, açúcar e araruta - na verdade, um mingau perfumado (1 xícara de leite, 1 xícara de creme de leite, 4 colheres (sopa) de polvilho de araruta, açúcar a gosto, uma pitada de sal - tudo batido e engrossado no fogo com algumas sementes de pacová socadas). Para a compota, tirei as sementes do jambinho e cozinhei as frutas numa calda rala de açúcar à qual juntei umas pétalas de hibisco (fruto da vinagreira) gotas de limão e, no final, algumas colheradas de água de for de laranjeira (ou a gosto).  Despejei o creme e a compota por cima e deixei gelar. 

Lembrou um pouco o misk a presença do pacová de sabor resinoso. E a araruta deixa o creme macio, não de cortar como aconteceria com a maisena. Mas, claro, você pode fazer um creme do seu jeito e servir com a compota de jambinho, caso tenha uma árvore por perto - já que não vai encontrar as frutas à venda por aí. Ou comer os jambinhos direto do pé se não quiser ter trabalho. Uma delícia, de qualquer jeito. 







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