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Bolinho de mandioca com coco no vapor. Ou puto filipino. Quinta sem trigo

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Quando você mergulha do mundo dos bolinhos grudentos asiáticos é impossível sair (do mesmo jeito). Tem ali uma cola que te puxa para criações incríveis a partir da nossa raiz. Tudo tão familiar, mas tão diferente ao mesmo tempo, nos detalhes.

Acostumados a domar o grude do amido do arroz e a tirar proveito dele,  os asiáticos ampliaram suas opções de bolinhos pegajosos com nossa mandioca. E há hoje tantos bolinhos de vapor ou de forno feitos com mandioca que dá uma felicidade enorme saber que podemos reproduzir quase todos eles, já que se há um ingrediente que temos em abundância ele é a mandioca. De resto, muito coco, açúcar e às vezes alguma especiaria. Nada desconhecido.  

Estes bolinhos nas Filipinas são chamados de puto. E há puto para todos os gostos. Feitos tradicionalmente de arroz, recebem especificações quando feitos com mandioca, quando cozidos em bambus, na folha da bananeira, de uma região específica etc. Em comum, são todos feitos no vapor e apresentam uma textura pegajosa - menos, porém, que o pichi-pichi, que mostrei ontem.

Pichi-pichi 
Estes putos se parecem com o nosso cuscuz de massa de mandioca ou com a bijajica, que leva também amendoim. Só é diferente o molde de fazer e o jeito de servir - às vezes com um pouco de manteiga e uma pitada de açúcar mascavo no topo. Pode também ser todo empanado em açúcar mascavo. Ou a própria forminha de cozinhar no vapor pode ser besuntada com manteiga derretida e polvilhada com açúcar mascavo. Na massa também pode ir açúcar branco ou mascavo. 
Misturei um pouco os dois jeitos, dos putos e do nosso cuscuz de mandioca e adicionei erva-doce para dar um ar mais brasileiro.  

A mandioca espremida tem que ficar apenas úmida e solta 
A mandioca tem que ser bem espremida até resultar numa farinha úmida e solta, para o bolinho ficar mais fofo. Se você conseguir fazer isto em casa usando um tipiti ou  uma prensa, bem. Se não, é melhor comprar a massa pronta em feiras-livres, com vendedores de produtos de mandioca, como é o caso do Manuel. Espremer no pano é uma opção, mas tem que fazer isto aos poucos. Rale bem fino a mandioca e vá espremendo em pequenas porções para a massa ficar bem sequinha. 

Os bolinhos podem ser comidos quentes, mas também ficam ótimos mornos e frios. Bons para servir com café ou para carregar por aí como se fossem barrinhas de cereais (sem trigo, rico em fibras, sem gordura e com açúcar diminuído se quiser). 

Os ingredientes
Pode variar os moldes. Não precisa untar
Depois de cozidos no vapor, ficam translúcidos
Bolinho de mandioca com coco. Ou puto filipino. 

Meio quilo de massa de mandioca espremida 
6 colheres (sopa) de açúcar branco ou mascavo 
1 xícara (130 g) de coco ralado fresco 
1 pitada de sal 
1 colher (café) de erva-doce

Misture tudo muito bem e espalhe sem apertar por forminhas que podem ser forradas ou não com folhas de bananeira. O link em que mostro como lidar com a folha está lá embaixo. Cozinhe no vapor por 20 a 30 minutos a depender do tamanho do molde. Fiz algumas variações, conforme se vêem abaixo. 

Fiz um na concha do coco e ficou mais parecido com cuscuz. Levou mais
tempo. Melhor se a concha fosse furada

Desenforma fácil

Na concha do coco com folha de bananeira. Dá um sabor especial 

Seja qual for o molde, não precisa untar

Se usar folha de bananeira, pode servir assim, com manteiga no topo
Ou pode desenformar e usar a folha como suporte 
Assim
A massa não deve ser apertada para que fique fofo. E nhac!

A receita de bijajica está aqui



O jeito de lidar com a folha de bananeira caso queira usar, está aqui




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