Fui duas vezes ao mercado. Uma, logo no primeiro dia, e horas antes de embarcar pra casa. O mercado São Sebastiãoé de 1937, mas já passou por reformas e a praça de alimentação também foi preparada para receber turistas, inclusive com treinamento entre os comerciantes e funcionários. A estrutura ainda é um pouco precária, mas recebe, sim, alguns turistas. Tanto que eu estive lá. No entanto, é diferente de um mercado totalmente turístico, como se tornou o nosso Central ou Mercadão aqui em São Paulo, onde cobram até 100 reais pelo quilo de uma fruta. Lá você vê as pessoas comprando ingredientes para o dia-a-dia e não só beliscando curiosidades. Um fato interessante é que, diferente da comida da orla, tanto os ingredientes vendidos como os pratos servidos nos restaurantes, remetem ao ambiente do sertão. Abóbora, mandioca, batata-doce, quiabo, maxixe além de queijos, paçocas e frutas diversas, destacando nesta época a acerola, o abacaxi, seriguela e o jenipapo. E outras coisas mais. Um produto inusitado para mim, que vi em várias bancas, foi a polpa de tamarindo amassada em blocos. Trouxe um, claro.
Nos restaurantes, comida popular, gostosa e barata. Não dá pra esperar muito na apresentação, mas é possível comer bem por aí. Melhor que em muitos restaurantes que querem ser bacaninhas. Panelada, sarrabulho, cabeça de bode, carne de cabrito etc. E apesar do preço barato, os donos dos espaços devem estar ricos, pois vendem muito. O espaço fica lotado de gente que trabalha ali naquela parte do centro de Fortaleza. Se bem que dez reais pode ser um preço baixo para muita gente mas não para todos. Quando terminei de comer, por exemplo, chegou uma mulher discretamente e perguntou se poderia comer o resto da minha comida (é farta também). Comeu ali mesmo, em pé. É triste que situações como esta aconteçam, seja em Fortaleza ou em Paris (também me pediram resto de comida na calçada do restaurante Le Comptoir du Relais).
Bem, deixo aqui algumas fotos:
Nos restaurantes, comida popular, gostosa e barata. Não dá pra esperar muito na apresentação, mas é possível comer bem por aí. Melhor que em muitos restaurantes que querem ser bacaninhas. Panelada, sarrabulho, cabeça de bode, carne de cabrito etc. E apesar do preço barato, os donos dos espaços devem estar ricos, pois vendem muito. O espaço fica lotado de gente que trabalha ali naquela parte do centro de Fortaleza. Se bem que dez reais pode ser um preço baixo para muita gente mas não para todos. Quando terminei de comer, por exemplo, chegou uma mulher discretamente e perguntou se poderia comer o resto da minha comida (é farta também). Comeu ali mesmo, em pé. É triste que situações como esta aconteçam, seja em Fortaleza ou em Paris (também me pediram resto de comida na calçada do restaurante Le Comptoir du Relais).
Bem, deixo aqui algumas fotos:
Espetinho de marmeleiro para churrasco |
Sempre juntos: arroz, feijão, macarrão e farinha |
Mariana Duprat e Carlos Alberto Dória dividindo uma panelada (bucho) |