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Coruja de tapioca

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Enrole a folha de bananeira fazendo umas duas voltas
Sempre achei intrigante o nome do rolo de mandioca feito no Vale do Ribeira mas nunca encontrei nada sobre a história do porquê de "coruja". Talvez seja pelo horário que costumava ser feito, sei lá.

Desde que o conheci, gostei da consistência densa, lisa, amarelada e jeitão de provolone. Da última vez que estive na feira de Registro, há cerca de dois meses, comprei coruja feita com amendoins crus e assada em forma retangular em vez de ser no embrulho de folha de bananeira. Aliás, quase não assam mais na folha de bananeira já que papel alumínio facilita o trabalho de quem faz pra vender na feira. Uma pena. Também não assam mais no fogão de lenha, já que o forno a gás também funciona. E a banha de porco usada antigamente agora é substituída por manteiga, na melhor das hipóteses. Ou margarina...

De um vendedor ouvi dizer que misturavam mandioca puba com mandioca ralada sem pubar (deixada de molho em água até se desfazer). Era o  jeito clássico. Não sei também. Algumas receitas pedem hoje só a mandioca ralada e espremida.

Com tantas modificações, resolvi fazer minha coruja mudando a massa. Substituí por farinha de tapioca que dá bastante translucidez. Mantive, porém, a folha de bananeira que dá um sabor incrível ao rolo. De resto, usei leite, manteiga, sal e açúcar, ou seja, a mesma receita de um pãozinho que já dei aqui. Neste mesmo link você vai aprender a fazer em casa a farinha caso não a encontre por aí.  Esta mesma farinha, mostrei no post do cuscuz de tapioca publicado dias atrás. Veja lá. Acrescentei ainda o amendoim, castanhas e sementes. Segue a receita completa. A coruja clássica, com massa de mandioca, também hei de fazer dia desses. Isto já é um ensaio para o Paladar Cozinha do Brasil que se aproxima.

Coruja de tapioca 

25 g de manteiga em ponto de pomada (2 colheres de sopa rasadas)
1 1/2 xícara de leite (360 ml)
3 colheres (chá) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 ovo 

250 g de farinha de tapioca (mais ou menos 3 xícaras de chá) 
1/2 xícara de amendoins com pele cozidos por 10 minutos e escorridos 
1/2 xícara de castanha de caju 
4 colheres (sopa) de sementes (de girassol e de abóbora) 
Folhas de bananeira para embrulhar

Bata no liquidificador ou misture bem os cinco primeiros ingredientes e despeje sobre a farinha de tapioca. Misture bem, junte o amendoim, a castanha e as sementes e espere uns 20 minutos para hidratar os grânulos (teste para ver se os grânulos estão macios e se a massa tem liga para modelar). Divida a massa em duas partes, modele cada parte em cilindro com cerca de 5 centímetros e embrulhe com folhas de bananeira (lavadas, cortadas com folga para embrulhar os cilindros e amaciadas no fogo - ou embrulhe em papel alumínio). Amarre as pontas da folha de bananeira, coloque-os numa assadeira e leve para assar em forno médio - 200°C -por cerca de 40 minutos ou até que a folha comece a queimar.  Na metade do tempo, vire os cilindros. Espere esfriar, desembrulhe e corte em fatias. 

Rende: 20 porções 

Variação: conserve  na geladeira e na hora de servir, corte em fatias finas e doure em frigideira antiaderente ou untada com manteiga. 



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