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O creme nas cumbucas |
Meu cunhado é marceneiro e outro dia fez várias
cumbucas para uma cliente que daria uma festa tailandesa na praia. Conclusão, sobrou o coco. Então, aqui, o aproveitamento deu-se pelo contrário. Normalmente sobra a casca.
O bom é que ganhei muito coco, o suficiente até para separar o creme ou a nata. Este creme pode ser usado como um leite de coco concentrado que pode ser diluído, lembrando que é mais gordo, como creme mesmo em sobremesas e curries tailandeses, ou simplesmente colocando uma colherada sobre um cozido, frango ou peixe assado, como se fosse uma colherada de manteiga.
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Uma colherada no curry |
Para conseguir separar este creme, é só extrair o leite e deixar na geladeira de repouso por alguma horas. A gordura é mais leve e vai subir e se solidificar. Tire, então, com uma colher e guarde em vidros para usar depois. Dura até cinco dias na geladeira, mas o melhor é congelar. O líquido que sobra pode ser usado como um leite de coco mais ralo. Bom para cozinhar legumes e frangos. E o creme, para ficar mais cremoso, pode ser homogeneizado no processador. Fica mais fácil para colocar nos vidros e para usar nas receitas. Se quiser ainda
fazer óleo, é só levar esta nata ao fogo e deixar a umidade evaporar, afinal no creme há gordura e líquido emulsionados. Quando o líquido evapora, sobra na panela uma massa (a parte sólida do leite) com gordura separada. Coe para tirar o óleo e use a massa para fazer farofa.
Imagino que todo mundo saiba extrair leite de coco, afinal é só bater o coco em pedaços (não precisa tirar a pele marrom) com um água morna em quantidade suficiente para conseguir fazer funcionar o aparelho. Bata até formar uma massa e coe em pano, espremendo bem.
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A fibra virou farinha |
A fibra pode ser seca no forno bem baixo até ficar totalmente seca. Depois, bata no liquidificador para ficar fina. Esta farinha nutritiva e rica em fibras é cheirosa e pode ser usada em farofa (neste caso, nem precisaria afinar no liquidificador), pão, biscoito, bolo, granola etc.