Fui novamente a Piracicaba outro dia e quis visitar
aquela árvore de jambinho, ver se ainda havia frutas. Causou surpresa o fato de o jambeiro já estar sem frutos, porém fiquei feliz em descobrir que ao lado dele havia outro com frutos parecidos, porém maiores, e mais fartos. Sequer havia percebido que ela estava ali na primeira vez. Frutos tardios.
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As árvores grandes, tortas, espremidas pelo cimento |
Marcos e eu colhemos um tanto, trouxemos pra casa e, como eram um pouco maiores que os primeiros, consegui fazer um corte na base e tirar as sementes - que já plantei, obvio.
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Cozidas, ficam meio desbotadas. Mas o suco de limão faz a cor ficar mais viva |
Cozinhei as frutinhas ocas em calda de açúcar - um tanto de fruta de fruta, parte igual em volume de água, outra em peso de açúcar. Cozinhei até a calda ficar brilhante, poucos minutos. Como perderam um pouco da cor, juntei umas gotas de limão. Outra surpresa, pois além de ter a cor reavivada, o sabor também se sobressaiu com a adição do ácido. Uma lembrança de rosas com a acidez da fruta mais marcante. Ficaram deliciosos e a vontade era de usar como cerejas em calda, não daquelas feitas com mamão colorido, mas daquelas importadas. Vontade de juntar marrasquino à calda, de colocar sobre um bolo coberto de creme bem branco, decorar um sorvete ou afundar em massa densa de bolo amanteigado. Devia ter colhido mais. A árvore estava rosada de frutos. Mas se você encontrar por aí estas graciosidades desprezadas, de sabor rosáceo e de tamanho trabalhoso para comer ao natural, não hesite em colher todas e conservar em calda de açúçar para o resto do ano.
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Com creme de banana (a banana congelada e batida no processador) |
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Algumas das mudinhas. As sementes brotam facilmente |