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Abobrinha abobrinhona

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Abobrinha italiana de várias idades: só pra quem planta
Abobrinha,  a gente só conhece verde, tenra, crocante. Nunca vimos uma abobrinha italiana madura. Mas todo fruto verdadeiro uma hora há de amadurecer e dar frutos. Ou volta pra fertilizar a terra e isto também é um bom papel.  Por isto, estou deixando algumas abobrinhas no pé para ter minhas próprias sementes. Mas uma experiência inédita pra mim foi provar uma abobrinha não tão jovem, porém ainda não velha de madura. A polpa ainda é úmida e crocante, mas o miolo já começa a ficar esponjoso. Porém neste cerne está guardado um ingrediente incrível que pouca gente conhece: as sementes imaturas mas já mastigáveis. São deliciosas, quebradiças, macias crocantes, adocicadas É a versão vegetal do siri mole, que a gente come sem culpas. 

A abobrinha tinha mais de um quilo. Escavei a polpa, piquei e juntei a um refogado de carne moída. Tudo voltou para o meio da abobrinha que foi ao forno. Eu deveria ter cozinhado antes a abobrinha no vapor, mas não o fiz e o queijo usado para espalhar por cima começou a queimar antes que a polpa estivesse macia. Ou deveria ter colocado o recheio cru e deixado mais tempo no forno. Ou deveria ter cobrido com papel alumínio. Mas vou preferir o vapor prévio da próxima vez.  Mas ainda assim estava deliciosa. 

Bem, a abobrinhona foi um ingrediente com o qual nunca tinha tido intimidade. Quanto às pequenas e aquelas ainda em flor, não resta dúvida que são tenras, suculentas, adocicadas, cheias de vida pela frente. Mas a maturidade, neste e em vários outros casos, tem lá também seus encantos, ainda que seja pelas sementes descendentes (eu, particularmente acho minha filha Ananda a coisa mais linda deste mundo). 



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