Para quem ainda não viu este vídeo da Renata Meireles e do David Reeks, educadora e documentarista, marido e mulher que andam Brasil afora pesquisando brincadeiras, recomendo. Veja também outros vídeos do Projeto Território do Brincar. Se você está ligado ao Come-se por causa de comida, tem boas chances de ter boas recordações das brincadeiras com fogo e faca, com bandejas de cafezinho de mentira, banquetes de faz de conta, bolo brigadeiro de barro e cabaninhas de lençol. Estas imagens traz de volta tempos em que a gente se arriscava mais sem medo de se machucar. Eu, por exemplo, fazia comidinha de verdade num terreno baldio com crianças da vizinhança. Roubava um pouco de arroz da minha mãe e cozinhava em lata de marmelada apoiada sobre dois tijolos contendo a lenha. Um trazia papel, outro o fósforo, assoprávamos e fazíamos fogo. Era a maior alegria quando víamos a água ferver e depois comer o arroz meio cru temperado com restos de papel queimado. E uma vez, inspirada na casa de madeira dos meus avós na roça e aproveitando a ausência de adultos, fiz um barraquinho no fundo do meu quintal com madeira da rua. Bati prego, fiz porta, janela, coloquei cortina. Varri o chão de terra, coloquei uns caquinhos imitando louça, decorei com toalhinha de crochê e botei uma boneca pra dormir. A sensação de independência durou pouco. Minha mãe achou aquela maloca perigosa demais e botou tudo abaixo para tristeza da irmandade. Mas veja lá o vídeo. É lindo.
Para quem ainda não viu este vídeo da Renata Meireles e do David Reeks, educadora e documentarista, marido e mulher que andam Brasil afora pesquisando brincadeiras, recomendo. Veja também outros vídeos do Projeto Território do Brincar. Se você está ligado ao Come-se por causa de comida, tem boas chances de ter boas recordações das brincadeiras com fogo e faca, com bandejas de cafezinho de mentira, banquetes de faz de conta, bolo brigadeiro de barro e cabaninhas de lençol. Estas imagens traz de volta tempos em que a gente se arriscava mais sem medo de se machucar. Eu, por exemplo, fazia comidinha de verdade num terreno baldio com crianças da vizinhança. Roubava um pouco de arroz da minha mãe e cozinhava em lata de marmelada apoiada sobre dois tijolos contendo a lenha. Um trazia papel, outro o fósforo, assoprávamos e fazíamos fogo. Era a maior alegria quando víamos a água ferver e depois comer o arroz meio cru temperado com restos de papel queimado. E uma vez, inspirada na casa de madeira dos meus avós na roça e aproveitando a ausência de adultos, fiz um barraquinho no fundo do meu quintal com madeira da rua. Bati prego, fiz porta, janela, coloquei cortina. Varri o chão de terra, coloquei uns caquinhos imitando louça, decorei com toalhinha de crochê e botei uma boneca pra dormir. A sensação de independência durou pouco. Minha mãe achou aquela maloca perigosa demais e botou tudo abaixo para tristeza da irmandade. Mas veja lá o vídeo. É lindo.