Este taro que comprei na Liberdade é tão lindo, mas tão lindo, que não me cansei de olhar no centro, em volta, rodeando, mirando o olho no centro da roupa que o reveste em caracol de fitas de juta, escondendo a massa branca salpicada de fios de cobre ouro que parecem nadar em lago de leite. E, longe do olho, furos de pregos desencravados. Não consegui comer. Sofro de apego. E ele segue murchando na geladeira, tentando cicatrizar a ferida da polpa exposta. Talvez ainda brote.
E assim, nada de comida por hoje. Nem nos próximos 10 dias, pois vou estar numa expedição gastronômica (se clicar o link, espere para baixar o áudio da cbn - há uma entrevista interessante da idealizadora do festival, Emiliana Azambuja), por Goiás, a convite do Pitadas - Festival Gastronômico de Goiânia, junto com a Ana Soares e Mara Salles. Vamos visitar produtores de Pirenópolis, Bela Vista, Cidade de Goiás, Inhumas e Itauçu. Volto a escrever aqui no dia 05 de agosto ou a qualquer momento, se isto for possível. Pela programação intensa, acho que não vai ser.
Fique, então, com o taro roxo visto de vários ângulos.