O vinho de caqui, não sei se vai dar certo, mas a vedação para uma boa fermentação anaeróbica está resolvida. O que se quer numa fermentação alcóolica é que o líquido fique protegido do oxigênio, pois queremos que o açúcar se transforme em álcool e que o álcool formado não se transforme em vinagre (é o que acontece na etapa seguinte se deixarmos entrar oxigênio). Então, o que se faz é prover uma saída para o gás através de airlock ou um selo d´água improvisado, como fiz para o vinagre de maçã - o CO2 sai, e se dilui na água, forma bolhas, mas a água forma um selo que impede a entrada de oxigênio. Outra opção é vedar completamente o vidro deixando retido o gás formado, mas neste caso tem que ter uma tampa com presilha para não estourar, como fiz quando preparei o kwas. Para reter um pouco de gás, sem que a vedação estoure, pode-se usar uma bexiga com um pequeno furo feito com agulha. A bexiga vai inchando, mas não estoura por causa do furo. Tentei usar a bexiga porque estava com preguiça de fazer um selo d´água, mas a boca do vidro era larga demais e a borracha não aguentou a pressão para se adaptar à abertura. Aí me lembrei destas luvas de silicone (você pode encontrar em farmácias mas também em loja de artigos para cabeleireiros), que poderiam vedar perfeitamente o vidro, se ajustando a bocas largas sem muito espicha. O resultado é este aí, quase macabro, mas divertido. Se a mão está cheia, erguida, é sinal que a fermentação vai bem, obrigada. Mesmo quando acabar a fermentação, eu posso manter o vidro tampado assim por muito tempo. Mas logo vou tirar o mosto e, se der certo, conto como ficou. E nada de prender para baixo, colando com superbonder, os dois dedos de cada lado do dedo do meio.
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