Ervas do gênero Conyza, a gente encontra a rodo pelas ruas de São Paulo e nas lavouras - motivo para serem atacadas ferozmente com glifosato - round up ou mata-mato. Mas a ervinha não só é daninha, mas é danana, hibridiza-se com facilidade e se adapta com maestria às situações adversas. E assim, tornou-se resistente ao herbicida.
Sorte nossa que gostamos de comer suas folhinhas. Quando as encontro na rua, nunca sinto uma atração muito grande para comê-las. Talvez pelo nome, buva, talvez pela aparência - quando as descubro, geralmente já estão para florescer e, portanto, com folhas já encolhidas.
Mas hoje decidi que não vou mais chamá-la de buva e sim pelo nome científico do gênero, Conyza. Mais fácil, mais charmoso e só de saber que vou atrás de uma conyza certamente vou encontrar as plantas mais jovens, tenras e apimentadas - sim, as folhas são apimentadas.
E também hoje fui reformar uma jardineira e havia lá uma planta enorme com folhas vistosas, que colhi para comer. E elas estavam deliciosas. Cozinhei em água salgada até que as folhas ficassem macias, escorri e misturei a uma farofa com farelos de pão, alho, manteiga de garrafa e pimenta. Ficou bem gostosa e já estou desejando a próxima colheita.
Fonte da foto: http://invasoras.pt/gallery/conyza-sumatrensis/ |
Há três espécies que podemos encontrar por aí, todas muito parecidas, com algumas particularidades. A Conyza canadensis, a sumatrensis e a bonariensis. Todas são comestíveis e às vezes difíceis de distinguir já que se cruzam e geram muitos híbridos.
Recebem também o nome de voadeira, porque formam dezenas de pomponzinhos brancos que, maduros, espalham suas sementes voando por aí.
Com farofa de pão de batata-doce-rocha, manteiga de garrafa e alho |
E nhac! |