A primeira vez que vi o feijãozão foi na horta do restaurante Viradas do Largo, Beth Beltrão. A chef me deu uns grãos e assim que cheguei em São Paulo, plantei.
Não é o tipo de feijão que você planta num vasinho. A planta vai crescendo com um vigor de dar medo. E quando os frutos começam a despontar é como se fossem grandes espadas pra mais de um palmo dependuradas.
Muita gente o confunde com feijão de porco (jack bean), do mesmo gênero (Canavalia ensiformis), nativo da América do Sul e Central e plantado geralmente como adubo verde. Porém, suas vagens são menores e os feijões, de cor de marfim, também.
Já o feijão-espada (Canavalia gladiata) ou sword bean, em inglês, é originário da Ásia e África tropical e tem sementes rosadas, maiores e mais cilíndricas. As sementes maduras de ambas são bastante nutritivas mas apresentam componentes tóxicos, como o aminoácido canavanina, e anti-nutricionais como as lectinas, e só podem ser consumidos depois de demolhados em água limpa, fervidos em outra água, escorridos e então finalizados. Mesmo assim, eu não arriscaria comer muito.
Porém, as vagens jovens de ambas espécies, incluindo seus feijões, podem ser consumidas como vegetal mais despreocupadamente, como acontece na Ásia tropical e no Japão. Quando bem planas, podem ser cortadas em fatias e preparadas como vagens. Veja esta foto, na China. Quando ainda verde mas com os feijões já formados, podem ser abertas, livres das membranas do interior e picadas finamente antes de ser preparada como legume. Neste caso, as sementes podem ser cozidas juntas. De sabor, acho as vagens muito mais gostosas que o próprio grão.
Como temos por aqui poucas referências de preparo, usei como base e com toda a liberdade uma receita indiana. Veja aqui.
Vagem de feijão espada à moda indiana
2 vagens de feijão espada
Não é o tipo de feijão que você planta num vasinho. A planta vai crescendo com um vigor de dar medo. E quando os frutos começam a despontar é como se fossem grandes espadas pra mais de um palmo dependuradas.
Muita gente o confunde com feijão de porco (jack bean), do mesmo gênero (Canavalia ensiformis), nativo da América do Sul e Central e plantado geralmente como adubo verde. Porém, suas vagens são menores e os feijões, de cor de marfim, também.
Já o feijão-espada (Canavalia gladiata) ou sword bean, em inglês, é originário da Ásia e África tropical e tem sementes rosadas, maiores e mais cilíndricas. As sementes maduras de ambas são bastante nutritivas mas apresentam componentes tóxicos, como o aminoácido canavanina, e anti-nutricionais como as lectinas, e só podem ser consumidos depois de demolhados em água limpa, fervidos em outra água, escorridos e então finalizados. Mesmo assim, eu não arriscaria comer muito.
Porém, as vagens jovens de ambas espécies, incluindo seus feijões, podem ser consumidas como vegetal mais despreocupadamente, como acontece na Ásia tropical e no Japão. Quando bem planas, podem ser cortadas em fatias e preparadas como vagens. Veja esta foto, na China. Quando ainda verde mas com os feijões já formados, podem ser abertas, livres das membranas do interior e picadas finamente antes de ser preparada como legume. Neste caso, as sementes podem ser cozidas juntas. De sabor, acho as vagens muito mais gostosas que o próprio grão.
Como temos por aqui poucas referências de preparo, usei como base e com toda a liberdade uma receita indiana. Veja aqui.
Vagem de feijão espada à moda indiana
2 vagens de feijão espada
2 colheres (sopa) de óleo
1 pitada de grãos de cominho
1/2 colher (chá) de cúrcuma
Meia cebola pequena picada
3 pimentas malaguetas inteiras
Meia xícara de água quente
Folhas de coentro a gosto
Lave bem as vagens e tire com a faca uma margem de meio centímetro de toda a borda que é mais firme. Separe os feijões e reserve. Puxe com a faca uma camada firme que é grudada a cada metade da vagem e descarte. Pique as duas bandas da vagem em tirinhas e junte ao feijão. Reserve.
Numa panela, aqueça o óleo com o cominho. Quando começar a pipocar, junte a cúrcuma e depois a cebola. Mexa e junte o feijão espada - vagem e grãos - e a pimenta malagueta inteira. Tempere com sal e junte a água, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo, juntando mais água quente se for necessário.
Rende: de 4 a 6 porções
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