Quantcast
Channel: come-se
Viewing all articles
Browse latest Browse all 946

No meio do caminho tinha uns pés de capim santo... E também umas pedras.

$
0
0
Juju confirma com a trena, 1,80! 
Desculpe estar usando o blog ultimamente para esta conversa monotemática sobre nossos direitos e deveres como cidadãos. De tanto que falam mentiras - de que ocupamos o espaço de forma arbitrária, de que estamos atrapalhando o caminho, de que faltou diálogo com moradores etc, a gente começa até a acreditar que realmente fez coisa errada. Mas nada como sair à rua, conversar com as pessoas, pedir para que assinem abaixo-assinado de apoio (logo vamos fazer um virtual) para descobrir que na nossa rua cem por cento de todos com quem conversamos é a favor (e nosso n já é grandinho). E ontem fomos pedir o passeio: 1,80 na parte mais larga e 1,20 m na parte mais estreita - portanto dentro do que pede a lei.

Mas diante de tanto barulho, a subprefeitura vai ser obrigada - pela pressão de uns 5 moradores e do jornal Da Gente - a tirar o capim santo, refazer a calçada, mesmo sem necessidade. Poderia apenas rebaixar as guias e reformar o canteiro, fazer o passeio de cima que nunca existiu  (e que chegaram a alegar que fomos nós que quebramos) e usar o dinheiro para fazer melhorias em bairros vizinhos com problemas mais emergenciais.

Hoje foi protocolado na subprefeitura minha desistência da adoção oficinal. Somos um grupo que vai continuar cuidando do espaço e não é uma pessoa para depois responder por qualquer irregularidade que ocorra na nossa ausência. E porque achamos que temos obrigação de cuidar dos espaços públicos. Não podemos ser impedidos disso. Mesmo que arranquem todos os pés de manjericão, de alecrim, de feijão guandu etc, mesmo assim podemos continuar cuidando das beldroegas que os passarinhos vierem a plantar.

No sábado uma única mulher do contra que encontrei - da rua de baixo, que não faz nem esquina com o espaço -, veio dizer que não iria assinar o apoio porque para ser horta teria que ter cerca e que aquilo era nojento do jeito que estava. Então argumentei que plantávamos ervas altas, que não tínhamos alface ou rúcula, e que talvez pudesse ver o espaço como um lugar cuidado, sem lixos, como um jardim de utilidades e local fresco para encontro de vizinhos. Mal humorada, respondeu: pra jardim está de péssimo gosto. E, pra horta, já que decidiram fazer, tem que ser exemplar, perfeita. A começar pela cerca.

Ok, não quer assinar, não assina.

Ontem, saiu um artigo a respeito no caderno Aliás, do Estadão. No sábado, saiu no Uol e de novo no jornal de bairro - se tiver um tempinho, veja aí embaixo os links.  Vale a pena ver as pérolas dos contras no jornal Da Gente e no caderno Aliás (do tipo: gostamos de horta, mas depende do lugar e como é feita; ou "na City não pode este tipo de coisa"). E no Uol tem ótimo texto também com muitas fotos .

Será que se em vez de chamarmos de horta chamássemos de Espaço Capim Santo parariam de implicar?

http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,nem-tudo-sao-flores,1659543

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/03/28/burocracia-e-discordia-ameacam-horta-comunitaria-na-zona-oeste-de-sp.htm


Em baixo, os links do blog em que conto como começou a discórdia. 





Viewing all articles
Browse latest Browse all 946