Neste final de semana teve oficina de meliponicultura no Sesc Belenzinho e no sítio do professor, Jerônimo Villas-Bôas, como parte do projeto Comer é Mais, sob minha curadoria. Para muita gente que participou foi uma grande descoberta saber que nossas centenas de espécies de abelhas nativas não têm ferrão, não têm abdome listrado em preto e amarelo e não produzem mel tão doce e espesso. Já no sítio, em Itapecerica da Serra, Jerônimo mostrou os modelos de caixinha e abriu algumas do seu meliponário para vermos a estrutura interna e provar do mel fresco e do pólen bem ácido. O mel é fluído e pode ter coloração bem amarela, esverdeada ou bem pálido a depender do tempo de maturação nos potes de cera ou do tipo de floração. Mas de um modo geral é um mel mais ácido, menos doce, mais fluido e, por tudo isto, facilmente fermentável, o que lhe dá uma complexidade de sabores ainda maior.
Quem participou da atividade, gratuita, ainda ganhou o livro do Jerônimo sobre o assunto - um manual técnico editado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) onde você pode encontrar todas as informações necessárias caso queira se dedicar à meliponicultura. Por sorte, o livro também pode ser baixado gratuitamente no site do instituto: http://www.ispn.org.br/arquivos/mel008_31.pdf
Aqui, algumas fotos:
Na parte de cima da caixinha fica a melgueira com estes potes com mel e pólen que garantem a sobrevivência da colônia |
Jerônimo com a faca para abrir as caixinhas |
A filha é sua assistente e entende tudo de abelha sem ferrão |
Estes potes são uma tentação |