(Desculpe se alguém viu o post anterior sobre melancia - não era daqui e era só uma colagem de coisas antigas, como rascunho mesmo)
Esta banana veio de Piracaia, do sítio do caseiro Carlos. Ele chegou dizendo que era banana rara, em extinção, chamada santo-mel. Achei que tivesse entendido errado e perguntei: são tomé? Ele confirmou. Isto, isto, são tomé.
Esta banana veio de Piracaia, do sítio do caseiro Carlos. Ele chegou dizendo que era banana rara, em extinção, chamada santo-mel. Achei que tivesse entendido errado e perguntei: são tomé? Ele confirmou. Isto, isto, são tomé.
Mas deve ser mesmo santo mel ou santo mé, porque não se parece em nada com a são tomé que conheço. Esta dá pra comer crua, é doce, agradável. Já a outra é melhor cozida.
O fato é que quem gostou mesmo foram os passarinhos. Deixei o cacho pendurado para amadurecer e pouco sobrou para eu comer. Logo cedo o tráfego já era grande. Um sabiá descia, um sanhaço subia. Ás vezes se encontravam no balanço do cacho, se bicavam, se entranhavam. O sanhaço me encarava, o sabiá ficava ressabiado. Mas no final já não faziam questão da minha presença.
O que sobrou de banana boa ainda era pouco para fazer qualquer coisa muito grandiosa. E ainda tive que inteirar com uns pedaços de mamão. Só fiz então um mingau de araruta perfumado com amburana, meio denso e doce, misturei com rodelas de banana e pedaços de mamão, mexendo com cuidado, espalhei por cima uns pedacinhos de rapadura e levei ao forno quente para cozinhar tudo. Comi um pouco quando saiu do forno, bem quente. E depois, gelado, mais gostoso ainda. E nhac!