Este, solitário, com perfume de shiimeji, queria muito que fosse comestível |
Somem-se a estes, outros cogumelos brasileiros já postados aqui, ali e acolá. E tem aqueles cogumelos da Catalunha.
Estes formavam um amontoado no tronco de uma árvore pelada que olhava para a água. São carnudos com perfume de Pleurotus. Alguém sabe o nome?
Este se parece com uma margarida, com pétalas translúcidas e miolo amarelo. Minha amiga Carol disse que eu poderia procurar no Google imagens como cogumelo-hóstia que certamente encontraria, pois era o que lembrava se desfazendo na frente de nossos olhos com um ventinho de nada. Se for comestível, está naquela categoria "sem interesse gastronômico".
Estes são parecidos com os
Coprinus disseminatus, que nasceram no meu quintal, sobre um tronco podre. Neste caso, estavam sobre a terra úmida que certamente cobria algum pedaço de madeira ou folhas podres. Minúsculos, são outros que para mim não fazem diferença ser ou não comestíveis, pois desapareceriam na panela. Aliás, outro dia minha amiga indiana viu os cogumelos Coprinus do quintal, que frutificaram novamente neste verão, e me contou que já preparou deles para a família e que todos passaram muito mal. Ou seja, pelo menos aqueles não se comem.
Todos estes outros são muito pequenos, leves, pouco carnudos, que para mim tanto faz ser ou não comestíveis, já que não despertam nenhum interesse gastronômico. De qualquer forma, espero sempre encontrá-los pelo meu caminho pois são graciosos e alegram o cenário.
Agora, estes sim, eu faria o maior gosto que fossem comestíveis. É quase certo que sejam da família Licoperdácea, e se forem os verdadeiros Lycoperdon perlatum, são comestíveis quando jovens. Encontrei dois grupos em locais diferentes, com uma abundância incrível de elementos. Uns mais jovens, carnudos, branquinhos por dentro e por fora, e muito cheirosos, como cogumelos-de-paris; e outros já maiores, com a superfície pipocada um pouco mais escura e interior mais amarelo e esponjoso.
Abrindo os maiores, pensei que talvez possam ser da mesma espécie de um encontrado maduro por lá, em forma de uma bola poeirenta que identifiquei como Scleroderma ctrinum, mas que pode ser também a Langermannia gigantea, da mesma família Licoperdácea dos Lycoperdon. Alô, alô, especialistas micófilos... Quero muito que este seja comestível.
Além da beleza e do potencial alimentício dos cogumelos, eles podem servir de telefone, flor de cabelo, tapa-olhos etc, como nas brincadeiras das primas Ananda, Flora e Tarsila.
Quanto a comer, fica por sua conta e risco. Eu não comi - a foto é só uma brincadeira, tá? A seguir, cogumelos de Curitiba.