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Biju, Tapioca, Maxixe

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O gatinho, chamado Beiju ou Biju, adora brincar com maxixe

Já Tapioca, a gatinha, não gosta muito, não. Espiou, apalpou e 
Desprezou


Agora a gente nem precisa fazer massa de tapioca em casa, pois há muitas marcas dela pronta por aí. Eu continuo fazendo a minha pois acho a coisa mais fácil do mundo misturar polvilho doce ou goma seca com água. Pra quem tem medo de errar o ponto (cerca de 600 ml de água por quilo de polvilho), é só encharcar o polvilho com água, que ele vai puxar a quantidade de líquido que for preciso para hidratar no ponto certo. Aí, basta enxugar a superfície com um pano (ou com farinha seca), salgar e cozinhar os beijus. É só não ter muita pressa.


Mas, falando em massa pronta, outro dia um leitor baiano disse que vende o polvilho hidratado e salgado, pronto pra fazer tapioca, mas que a vida útil era curta. Logo mofava. Já os produtos de mercado chegam a ter prazo de 4 meses. E mesmo depois de aberto dura um tempão sem mofar. Queria saber porque. Eu mesma já deixei um saquinho desses na geladeira por vários dias esquecido e quando fui ver estava igualzinho, pronto pra usar.


Resolvi ligar para uma marca aleatoriamente. Contei que era nutricionista (verdade) e que um paciente meu era alérgico mortal a qualquer tipo de conservante (mentira). Perguntei se poderia mesmo confiar no produto deles, se não tinha mesmo conservante, se meu paciente não morreria, e a resposta: - é, bem, veja bem... A pessoa que me atendeu disse que fazia antes sem conservante mas que a massa começou a mofar rapidamente e então, para durar mais, passou a usar ácido sórbico e ácido cítrico e que agora dura uma eternidade. O problema é que não está no rótulo (estamos providenciando, disse) e nestes casos eu sinceramente tenho medo do senso de quem despeja conservantes, corantes e outros antes, sem orientação de um engenheiro de alimentos ou profissional capacitado pra dizer a dose correta a ser usada, uma dose que não seja tóxico ao consumidor. É como aquele tucupi de Rio Branco. Eu tenho medo. Então, quando comprar esta tapioca pronta, desconfie sempre e ligue para confirmar.


Ontem sabia que receberia duas amigas em casa na parte da manhã, então na noite anterior já despejei água sobre o polvilho e deixei hidratar bem. De manhã foi só deixar um pano seco por cima para tirar o excesso de umidade. Veja este método aqui com infusão de jabuticaba). Mostro ali também (com coco, na folha de banana). Comemos com manteiga e ainda sobrou massa (dura alguns dias na geladeira, bem tampada - até uns quatro dias).


Sobrou massa, faltou comida no almoço. E almoçar sozinha tem dessas coisas. A gente abre a geladeira e improvisa com o que sobrou do jantar ou de qualquer outra refeição. É muito sem-graça comer sozinho, mas gosto de comer algo que seja fácil de preparar ou esquentar e que ao mesmo tempo seja saudável, pois esta é minha rotina. Como tinha goma molhada, tinha uma sacolada de maxixe do sítio (está tendo muito agora) e ovo de galinha caipira, o que fiz foi juntar as três coisas. Cozinhei o maxixe - inteiro mesmo pode ser, com espinhos que amolecem - com água e sal por meia hora, até ficar maciinho. Fritei um ovo meio esparramado, não totalmente cozido, temperei com sal e pimenta; fiz o beiju de tapioca e recheei. Pensei em usar o maxixe inteiro, mas a tapioca não era grande o suficiente para enrolar sobre ele e resolvi parti-lo ao meio, de comprido. E mesmo que a tapioca fosse grande o bastante, teria que ter um bocão para cada bocada. Foi melhor assim e comi com gosto, supimpa, como um sanduba. Experimente e me diga.

Melhor cortar o maxixe ao meio 


Enrole e nhac











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