Antes que me questionem, não, não, o João Vitor não pediu para eu pedir pra ninguém. Pediu pra eu ver o preço de um notebook usado, de um i-phone usado, de i-pad usado. O aipim novinho ele tem lá e pode oferecer cozido aos visitantes. Ele vive só com os pais, Zé Pão e Romilda, os produtores de queijo sobre os quais falei aqui: http://come-se.blogspot.com.br/2014/01/serra-da-canastra-casa-dos-produtores.html. Eles vivem e produzem queijo numa fazenda da qual não são donos.
Está certo, quando a gente vai lá é uma delícia, só aproveita a parte boa. Quando a visita vai embora, o trabalho duro continua e o menino, de férias, fica um pouco entediado por estar tão longe da cidade, de outros jovens e sem comunicação. Ele gosta de tecnologia, de fotografia, entende um pouco, mas não tem como praticar. Os celulares não pegam ali, mas meu i-phone, com chip Vivo, tinha bom sinal. Ele quer comprar um, mas acho um absurdo de caro, para isto teria que vender uma vaquinha ou mais. E assim fariam menos queijo, já vendido a preço tão baixo. A família vive com muita dignidade, porém, qualquer coisa fora do orçamento exige um sacrifício extra . E, sim, ele prometeu que vai ajudar mais os pais, fazer por merecer. Agora, mesmo que vá enchendo o cofre porquinho, isto pode demorar e desanimar.
Tirando muda de bambu verde-e-amarelo para eu trazer |
Na cozinha de casa (a casa e a fazenda são do padrinho, para quem os pais trabalham) |
Jogando pedra no rio |
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