Nhac |
A não ser por uma groselha e uma ameixa, todas as outras respostas à charada ficaram no universo das Mirtáceas. É o caso do araçá e da guariroba, da mesma família do jambo, resposta acertada pela maioria dos leitores que arriscaram um palpite.
Este jambo redondo, de cor entre laranja e salmão tem nome Syzygium jambos, sinonímia Eugenia jambos, da mesma família das mirtáceas que os araçás, as pitangas, goiabas, jambolão etc. Foi colhido em Águas da Prata, na pousada Canto dos Xamãs. Eram raros os frutos íntegros, quase todos comidos por pássaros ou, quem sabe, morcegos. Mas os que pudemos provar tinham doçura de sorvete e aroma forte de rosas. Como disse o amigo e leitor Guilherme Ranieri, lá no comentário da charada, jambo é uma esponja crocante com gosto de perfume, de rosas, de água de colônia de penteadeira de vó. Incrível é que todos estes atributos, no caso do jambo, lhe caem bem. Acho-o uma fruta deliciosa e intrigante, que sabe à sobremesa indiana já pronta para comer, com casca e tudo - sementes, não.
Estes, mais sem-graça. Vou ver se amadurecem mais. |
Ontem, coincidentemente, caminhando num clube da prefeitura perto de casa, me deparei justamente com um pé de jambo, um outro tipo, mais claro e mais insípido. Apenas docinho, com um quê de acidez e algo mais de tanino. Muito diferente daquele cor de rosa do Acre e da Ilha do Marajó ou deste de Águas da Prata, muito mais equilibrados no sabor.
Bem, como acordo muito cedo e o café da manhã demorou um pouco a sair na pousada em Águas da Prata, quatro jambos amarelos foram meu desjejum. Não poderia haver melhor opção. Mas, se tivesse mais deles em mãos, faria chutney, lassi, geleia, cozidos em vinho, uma salada...
E quem quiser ter um pezinho de jambo-amarelo, o Edilson pode mandar pelo correio: http://www.ciprest.com.br/produtos.htm
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