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Defesa do queijo de leite cru pelo Slow Food

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Marcelo de Podestà mostra o o queijo que acabou de chegar do
 AlimentoSustentável 


Antes de ler, veja o recado dado em 2011 pelo Piero Sardo, presidente da Fundação Slow Food para a Biodiversidade, aos integrantes do GT do Queijo de Leite Cru, do Slow Food Brasil.  E a todos os que atravancam o acesso ao nosso incrível mundo dos queijos artesanais feitos a partir do leite cru. São muitos no Brasil inteiro. Calhou de os queijos da Canastra, do Serro e do Salitre estarem em destaque (com merecimento), mas são centenas de variedades Brasil afora. Queijo de manteiga, queijo de coalho, Araxá, colonial, branco, amarelo, maturado, com crosta tingida de urucum, de vinho, crespo, com olhadura, liso, caolho. Tem de tudo na diversidade.  Muitas vezes queijos excepcionais de produtores que não conseguem atender à legislação sanitária, desconectada da realidade das pequenas queijarias, viajam na clandestinidade para alcançar os grandes centros e  amontoam-se no mesmo embornal ocupado por produtos medíocres ou feitos sem higiene alguma.

Marcelo, líder do Convívio Belo Horizonte, sabe de tudo
Foi para discutir estes assuntos, mapear bons produtos Brasil afora feitos a partir do leite não pasteurizado e incentivar esta diversidade queijeira que foi criado o Grupo de Trabalho do Slow Food Brasil sobre Queijos Artesanais de Leite Cru.  Fazem parte do GT pesquisadores, professores universitários, líderes de convívios e entusiastas. Já fizeram vários encontros e degustações, mas na última semana tivemos a sorte de ter uma delas aqui em São Paulo, já no finalzinho do Mesa Tendências, o congresso de gastronomia internacional realizado pela revista Prazeres da Mesa e Senac. O ingresso custava R$ 20,00 e dava direito a degustar vários queijos. Só quando se reúnem vários deles numa só mesa é que nos damos conta da diversidade que está prestes a desaparecer com a padronização imposta pelos grandes laticínios e órgãos governamentais que insistem em decidir sobre nosso direito de escolha. Cênia Salles, Marcelo de Podestà e Margarida Nogueira (quem trouxe o Slow Food para o Brasil) estavam ali explicando tudo.

Não havia muita gente para degustar, mas apareceram vários membros do Slow Food que estavam participando do Mesa Tendências, entre eles Carlo Petrini, o fundador do movimento, que adorou o queijo de cabra Casa Branca. Eu degustei e gostei de todos, mas comi mesmo bastante foi o queijo de manteiga com raspa, de Serra Negra, RN.

Em São Paulo, o Fernando, do Alimento Sustentável vende vários deles.

Veja aqui algumas fotos do Petrini, do evento e de alguns queijos. Clique para ampliar.



















 



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