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Framboesa da montanha na serra de Piracaia

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Há duas semanas avistei na beira da estrada um pé de framboesa crescendo selvagem. Sabia que não era moranguinho silvestre - a framboesa vermelha -, cuja planta tem porte menor e galhos sem cera. Esta era maior e tinha galhos esbranquiçados com uma névoa de cera. E é tanto espinho,  que machuca só de olhar, mas fiquei na maior alegria quando vi os frutinhos tomando formato. Era a framboesa da montanha, ou Rubus niveus, que queria - tentei plantar antes sem sucesso. E já falei dela aqui

A planta é nativa do Himalaia, mas se deu bem aqui na Serra da Mantiqueira. Tinha notícias dela para os lados de Campos do Jordão, mas não nesta banda menos fria da Mantiqueira, à qual pertence Piracaia. Na hora não consegui arrancar um galho sequer - tentar manusear a planta com mãos nuas é como mergulhá-las em formigueiro: chance zero de que saiam ilesas. Também não colhi nenhum fruto pois ainda eram ensaios de framboesa. Mas na outra semana, quando passaríamos por ali novamente, já iria preparada com uma tesoura, pelo menos. E também alguns frutos já estariam maduros. 

E assim foi. Na semana passada paramos o carro, desci equipada, cortei galhos e fui puxando com a própria tesoura, que usei para cortar pedaços. Os galhos vão se enganchando em tudo pois os espinhos são curvos. Em casa, separei alguns frutos maduros para comer e fui cortando as pontas dos espinhos. Cortei pedaços dos galhos, deixei na água e trouxe para São Paulo. Sei que não é o melhor momento para fazer mudas - deveria ter feito no meio do inverno, mas resolvi arriscar e agora galhos estão enterrados. Quem sabe, ainda brotem. No ano que vem quero ter muito destas frutinhas para fazer Kvas, tortas e geleias. Pelo menos já sei onde sempre terá. Mais que pela delícia, pela lindeza. 

O habitat
Meio escondida entre outras plantas do barranco



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