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Expedição Pitadas. Quitutes e quituteiras de Pirenópolis

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Se quiser saber mais sobre esta viagem a Goiás, leia de baixo pra cima as postagens anteriores: 
http://come-se.blogspot.com.br/2013/09/expedicao-pitadas-visita-ao-produtor-de.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/09/expedicao-pitadas-visita-produtores.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-banquete-na-cidade-de.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-restaurante-porto.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/07/mala-cheia-de-goiania.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-em-goias-restaurante.html
http://come-se.blogspot.com.br/2013/08/expedicao-pitadas-feira-do-ateneu-em.html




Em Pirenópolis, depois de visitar a produção de baru, fomos nos encontrar com as melhores quituteiras da cidade convidadas por Katia Karan, amiga do Slow Food Pirenópolis, a se reunir no ateliê de Cristina, sua irmã. Quando chegamos, já um pouco atrasados, encontramos todas sentadas ao redor de uma mesa com toalha de renda bordada de quitutes. Cada mulher apresentou sua especialidade com detalhes de feitio, ingredientes, histórias e memórias afetivas. Eram doces clássicos, daqueles que jovens já não querem mais fazer. 


Dona Irma e sua peneira 

Pudim de fubá de arroz

Dona Irma levou seu pudim de fubá de arroz e disse que usa até hoje a peneira de mais de cem anos, trazida da França pela mãe do seu pai. Diz que não dá certo se usar outra peneira e por isto carrega-a pra cima e pra baixo e trouxe num saco de pano para nos mostrar. Cada quilo de fubá perde 1 xícara de farelo retido naquela peneira. Em compensação fica fininho, fininho. Com o fubá faz um tipo de mingau aromatizado com cravo, canela, erva-doce. E depois vai ao forno às colheradas. 

E teve bolo de queijo e coco da Dona Divina e empadão pirenopolino. Cerise, que trouxe o empadão, contou que antes empadão era comida especial, só de Natal. E era  feito em lata de marmelada. Entrava coxa de frango inteira, com osso, batata, pão, linguiça, guariroba. Era espessado com fubá de arroz. Hoje o empadão é feito em forminhas de cerâmica pretas.  Segundo Dona Teresinha de Arruda Camargo, a massa de empadão leva 1 kg de farinha, 1 copo de óleo, 1 ovo, 1 colher (sopa) de sal e água para dar o ponto. Já Cerise faz com 1 kg de farinha, 2 copos de água, 1 copo de óleo ou banha, 2 colheres (sopa) de sal, 1 colher (sopa) de açúcar e 1 ovo.  Para dourar, as duas concordam que o melhor é pincelar a superfície com 1 ovo inteiro misturado com um pouco de café. 

Teresinha Mônica
Pão Pereira

Dona Teresinha Mônica trouxe o Pão Pereira, como se fosse uma esfirra fechada, recheada com carne moída amassada com batata cozida, cebola, pimenta e manteiga, moldado em forma de bola e assado. A massa de pão leva 1 kg de farinha, 1 ovo, 1 colher (sopa) de manteiga, 1 concha de óleo, sal, 1 pitada de açúcar, 1 tablete de fermento de pão e água pra dar o ponto. Faz-se como massa de pão, recheia com a carne crua (mais batata cozida e temperos) e assa. Uma delícia quentinho. 

O queijo-leite ou Queijão também trazido pela dona Terezinha Mônica é como um pudim de leite. Leva um litro de doce de leite bem durinho misturado com 9 gemas peneiradas, canela e 9 claras em neve. Assa no forno médio, rende um folhão (uma forma grande, untada com óleo).  Kátia trouxe bolo feito com fubá moído em sua fazenda. Perfeito. Teve ainda bolacha de mulher parida (ai, cabeça, esqueci de quem era), biscoito sequinho feito de farinha de trigo enrolada como biscoito húngaro.  

Dona Teresinha fala das verônicas 
E as lindas verônicas da Dona Teresinha de Arruda Camargo que são alfenins branquinhos em forma de esplendores. Mas delas falo no próximo capítulo. 



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