Por enquanto está tudo junto e misturado. Turim, onde aconteceu o Salone del Gosto e Terra Madre, e Barcelona, para onde dei uma esticadinha depois dos eventos do Slow Food. Levei a mala cheia de polvilhos, farinhas e mandioca, além de utensílios, e a trouxe lotada de delícias do outro lado do oceano, além de bons livros. No evento do Slow Food encontrei amigos e leitores do blog como o Marcelo, a Gaby, a Mary Valeriano, brasileiros que vivem na Itália. Reencontrei a sobrinha Flora, que vive em Paris e trabalhou como voluntária. E amigos do Slow Food de todo canto. Só do Brasil éramos cerca de 100. Eu falo de tudo depois de arrumar as malas, por enquanto fique com a cobertura feita pela Cíntia, para o Paladar. Basta clicar nos links abaixo que o levarão direto para o blog do Paladar.
SLOW FOOD
Por uma cozinha que nasce no camp
Receita: Passatina di Ceci com Gamberi
Brasil mostra fruta, mandioca e ostra de tomat
Depoimento de Neide Rigo: Dos taxistas ao TreGaline, só se falava naquilo
Em Turim, ficamos no mesmo quarto de hotel, Mara Salles, Ana Soares e eu e aproveitamos não só o Salone e Terra Madre, mas também um pouco da cidade, que conheci há muitos anos. Foi divertido tomar com elas Barolo em copo de plástico, fazer picnic na cama, conhecer restaurantes e passear pela cidade já gelada.
Aproveitei a viagem para dar uma espichada até Barcelona, onde me encontrei com Marcos e onde estão morando Veronika e Ricardo. E ainda até Terrassa, perto dali, onde vivem agora os amigos gaúchos Rui e Mariângela. E Barcelona não é cidade para uma semana, mas a gente não tem tudo o que quer.
Ao menos vimos um pouco de Gaudi, comemos panellets caseiros e comprados para a festa da Castañada na noite de Todos os Santos, acompanhados de moscatel. Descobrimos que há paellas meia boca para turistas desavisados e ótimos pratos do dia em locais escondidos, vimos varandas com os três pezinhos de canabis permitidos a todos cidadãos, passeamos de mãos dadas pela Rambla, passamos por baixo do arco do triunfo, passamos sobrassada no pão que às vezes era esfregado com tomates que são tantos e tão bons. E comemos bichinhos do mar de todo tipo e cogumelos, nem se fala. Fui à montanha com o Rui coletar bolets comestíveis e picantes. Comprei minha bebida preferida - vermute, para imitar o catalão. Fomos ao piquenique de aniversário dos meninos e isto por lá é comum. E me perdi no bairro gótico, passei horas nos mercados da Boqueria e Santa Catarina, me fartei de jamon, me emocionei com os castellers, vi que os plátanos são podados no outono antes que as folhas caiam no inverno e que a cidade tem muitas magnólias que dão frutos, e que os periquitos americanos fugiram da gaiola e se multiplicam agora soltos à base de tâmaras, madronhos e sementes vermelhas dos frutos de magnólia. E que outras tantas frutas são vendidas em quitandas dominadas por paquistaneses que não descansam após o almoço nem nos feriados. E aprendi que se você começa qualquer conversa com Sisplau, pode continuá-la em portunhol, que todo catalão vai se esforçar para te entender. Mas vou contando tudo aos poucos, depois de arrumar a mala e separar torinos de torrones.
Veja só o que me espera na arrumação:
A Patrícia, junto com o Eduardo e crianças, amigos do piquenique perto de casa, que estão vivendo em Montpellier, na França, também estavam por lá e postou em seu blog a viagem que coincide com a nossa. Veja lá algumas fotos com todos nós e o vídeo com os castellers: http://lagartadalice.blogspot.com.br/
SLOW FOOD
Por uma cozinha que nasce no camp
Receita: Passatina di Ceci com Gamberi
Brasil mostra fruta, mandioca e ostra de tomat
Depoimento de Neide Rigo: Dos taxistas ao TreGaline, só se falava naquilo
Em Turim, ficamos no mesmo quarto de hotel, Mara Salles, Ana Soares e eu e aproveitamos não só o Salone e Terra Madre, mas também um pouco da cidade, que conheci há muitos anos. Foi divertido tomar com elas Barolo em copo de plástico, fazer picnic na cama, conhecer restaurantes e passear pela cidade já gelada.
Aproveitei a viagem para dar uma espichada até Barcelona, onde me encontrei com Marcos e onde estão morando Veronika e Ricardo. E ainda até Terrassa, perto dali, onde vivem agora os amigos gaúchos Rui e Mariângela. E Barcelona não é cidade para uma semana, mas a gente não tem tudo o que quer.
Ao menos vimos um pouco de Gaudi, comemos panellets caseiros e comprados para a festa da Castañada na noite de Todos os Santos, acompanhados de moscatel. Descobrimos que há paellas meia boca para turistas desavisados e ótimos pratos do dia em locais escondidos, vimos varandas com os três pezinhos de canabis permitidos a todos cidadãos, passeamos de mãos dadas pela Rambla, passamos por baixo do arco do triunfo, passamos sobrassada no pão que às vezes era esfregado com tomates que são tantos e tão bons. E comemos bichinhos do mar de todo tipo e cogumelos, nem se fala. Fui à montanha com o Rui coletar bolets comestíveis e picantes. Comprei minha bebida preferida - vermute, para imitar o catalão. Fomos ao piquenique de aniversário dos meninos e isto por lá é comum. E me perdi no bairro gótico, passei horas nos mercados da Boqueria e Santa Catarina, me fartei de jamon, me emocionei com os castellers, vi que os plátanos são podados no outono antes que as folhas caiam no inverno e que a cidade tem muitas magnólias que dão frutos, e que os periquitos americanos fugiram da gaiola e se multiplicam agora soltos à base de tâmaras, madronhos e sementes vermelhas dos frutos de magnólia. E que outras tantas frutas são vendidas em quitandas dominadas por paquistaneses que não descansam após o almoço nem nos feriados. E aprendi que se você começa qualquer conversa com Sisplau, pode continuá-la em portunhol, que todo catalão vai se esforçar para te entender. Mas vou contando tudo aos poucos, depois de arrumar a mala e separar torinos de torrones.
Veja só o que me espera na arrumação:
Araruta e farinha de copioba, da Bahia. Urucum dos índios tupiniquins |
Arrozes italianos - presentes da Mary |
Castanhas, pinoles, farinha de castanha, de amêndoas e de trigo de moinho de pedra - presentes da Mary |
Feijões italianos e espanhois |
Pimenton de la Vera e flor de sal |
Batatas doces de Barcelona, cogumelos e outras sementes |
Coincidência: Nespras (Mespilus germanica) catalãs e piemontesas - Marcos trouxe duas das montanhas da Catalunha e eu trouxe duas de Turim para mostrarmos uns aos outros |
Pimenton de La Vera a granel e latinhas. Devidamente abastecida. |
Sementes |
Sobrassada em tripa de cavalo - do Mercado de Terrassa |
Vermute, que ninguém é de ferro |
Umas suculentas |
Umas sementes |
Minha mala já estava muito comprometida. Só pra ver como é vendida legalmente junto às sementes de flores |
A Patrícia, junto com o Eduardo e crianças, amigos do piquenique perto de casa, que estão vivendo em Montpellier, na França, também estavam por lá e postou em seu blog a viagem que coincide com a nossa. Veja lá algumas fotos com todos nós e o vídeo com os castellers: http://lagartadalice.blogspot.com.br/