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Produção do sítio. ou Eu também gosto de alface!

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Outro dia mesmo, num elogio rasgado à rusticidade do amargo almeirão roxo, desdenhei a pobre da alface, tão frágil, tão sensível, tão nhenhenhem. Mas também,  em mais de um ano de sítio em Piracaia, nenhuma alface tinha sido colhida. O caseiro dizia que a terra era ruim, ou era dura, ou não chovia, ou chovia demais, ou tinha muita braquiária, as formigas não deixavam. Sempre uma desculpa. E acabei achando que só mesmo o resiliente almeirão pra se dar bem por ali. 

Mas os novos caseiros, Silvana e Carlos,  já chegaram arrebentando, desmistificando. Foram afofando a terra, colocando composto, foram trazendo do próprio sítio sacos de estrume curtido, fazendo canteiros, mudinhas com sementes. Sem deixar faltar água e carinho. E neste fim de semana a surpresa gratificante: dois canteiros de dar água na boca de Horácio embaixo de pleno sol. Eu, que nem ligo muito pra esta verdura, devorei com admiração um prato de folhas, docinhas, crocantes, pra comer puras.  

Hibisco, com sementes do Senegal 
Além da alface, as mostardas que eu mesma tinha plantado estão saudáveis, graúdas, picantes. E o hibisco, com sementes do Senegal, já na hora de colher. Colhi também pimentas, abobrinhas e abobrona, jilós já maduros, vagem lab-lab, feijão andu, cúrcuma, batata-doce roxa, acerola etc. E, junto com mexericas e abacates trazidos por Carlos e Silvana, a mesa foi se enchendo de comeres. 



E nhac! (a salada, protagonista, lá atrás .. falha minha)


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