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Peixe quilômetro zero

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Não que eu faça questão de comer peixe na sexta-feira da paixão ou que tenha restrição a outros tipos de carnes neste dia, mas por tradição e respeito acabo fazendo uma refeição vegetariana ou comendo peixe mesmo. Bacalhau, só quando passo o dia na casa dos meus pais, onde o peixe seco não pode faltar.  

Para esta última sexta, que passamos no sítio,  encomendei peixe da represa de Piracaia de um pescador artesanal.  O que mais se pesca naquelas águas é mesmo a tilápia que foi trazida de fora e tomou conta do espaço. Mas pelo menos o peixe estava super fresco e viajou bem pouco até chegar ao nosso prato. A encomenda chegou pelas mãos da Milena, jovem bióloga paulista que trocou a cidade pelo campo, onde, ali em Piracaia, junto com o marido, cultiva orgânicos em sistema agroflorestal,  cria animais, tira leite, faz queijos. Bem, ela ainda tem a sorte de ter um vizinho pescador e foi ele quem pescou o peixe que comemos.  As portas e janelas que substituímos durante a reforma de nossa casa, além de uma pia grande,  vão para a casa que seus caseiros estão construindo. E foi por isto que Milena e a caseira Solange foram até nossa chácara, de modo que o peixe apenas pegou carona. Estamos começando a conhecer bons vizinhos por lá. Que assim seja.  

Da nossa chácara vieram a folha de bananeira e parte dos temperos:
pimenta dedo-de-moça, cebolinha, manjerona, além de sal, alho e limão
socados juntos. 
Empanei em farinha de mandioca fina, mas não precisa
Embrulhei e assei na chapa do fogão de lenha
Servi com pesto feito com folhas de mostarda da horta, sal, mel, limão e
azeite (a foto poderia estar melhor, eu sei...)


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