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Manjar de coco engrossado com arroz cru

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Este manjar de coco não leva maisena e a calda não é de ameixa preta.  Faz tempo que não tenho maisena em casa, mas deu vontade de comer manjar. Então, do mesmo jeito que tenho feito malabie (um creme de leite com arroz triturado, açúcar, misk e calda de damasco com água de flor de laranjeira - hummm), fiz o manjar de coco. Aproveitei também cajus passas que ganhei de uma seguidora de Fortaleza e usei no lugar das tradicionais ameixas pretas. Ficou bom demais. 

Manjar de coco 

1 xícara de arroz branco cru (se tiver cateto, melhor ainda)

1 litro de leite integral ou leite de coco ou o leite que costuma usar 

1/2 xícara de açúcar ou a gosto 

Meia amburana ralada ou um sementinhas de baunilha para aromatizar (opcional) 

1 xicara de coco ralado fresco 

Calda com caju passa 

1 xícara de açúcar 

1 xícara de água

5 cajus passas cortados em rodelas, deixados em agua morna por meia hora e escorridos  


Lave bem o arroz, cubra com o dobro de água e deixe de molho durante a noite ou por até 12 horas.  Escorra bem e triture no liquidificador com metade do leite até ficar um creme bem liso.  Reserve. 

Leve o leite restante com o açúcar e o aroma ao fogo e deixe ferver. Junte a mistura de arroz e, cozinhe, sem parar de mexer, até engrossar. Abaixe o fogo e cozinhe por mais 5 minutos. Junte o coco, misture bem, prove o açúcar e junte mais, se achar necessário.  Coloque numa forma de buraco no meio untada com óleo de girassol.  Deixe esfriar e leve à geladeira até ficar bem gelado.  

Faça a calda: coloque o açúcar numa panela de fundo grosso e deixe caramelizar, mexendo devagar de vez em quando para dourar por igual. Quando estiver caramelizado, junte a água de uma só vez e deixe os torrões de açúcar derreterem. Se for preciso, junte mais água quente enquanto cozinha até que fique com consistência de xarope ralo. Junte o caju, deixe ferver e desligue o fogo, espere esfriar e leve à geladeira para resfriar. 

Desenforme o manjar num prato e sirva com a calda. Ambos gelados.  

Rende: 10 porções 






Gominhas de puba com capim santo

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Essas gominhas são inspiradas nos pichi-pichi, docinhos das Filipinas, que já publiquei aqui. Porém, em vez de usar polvilho de mandioca, usei a própria mandioca puba (macaxeira - aipim, mandioca mansa -  deixada de molho em água por uma semana em temperatura ambiente, coberta com pano, sem trocar a água). E em vez de coco, cobri com polvilho doce, pra dar uma cara de mochi.  

Gominhas de puba com capim santo 

Bata no liquidificador 200 ml de leite de coco com 20 folhas de capim santo bem picadas. Coe num pano e volte para o liquidificador com 250 g de mandioca puba . Junte 150 g de açúcar cristal orgânica e bata tudo até ficar um creme lisinho como uma vitamina de abacate.  Unte com óleo de girassol 20 forminhas  - veja a foto - e coloque a mistura, sem preencher totalmente.  Cozinhe no vapor por cerca de 15 minutos ou até que os bolinhos fiquem translúcidos.  Espere amornar, desenforme e passe em polvilho peneirado - se quiser, pode usar coco fresco ralado. 


A mandioca parece fresca, mas está fermentada, 
meio amolecida. Aqui, folhas de pândano. Mas 
fiz também com capim santo, que dá mais sabor. 


Se quiser, pode usar formas de idli - uma forma de vapor 
própria para cozinhar bolinhos indianos de arroz 

Se não estiver usando a panela para idli, use 
pano entre a tampa e a panela para absorver
o vapor 

Cesta de bambu para cozimento a vapor
pode ser usada - ou use cuscuzeira

Se quiser, quando desenformar, feche as bordas,
apertando com os dedos para fechar e fazer
 umas bolinhas 



Gominhas de puba com água de flor de laranjeira

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Estas, com nozes

A receita é igualzinha à do post anterior - veja aqui.  A diferença é que não usei o capim santo e, no lugar dele, 2 colheres (sopa) de água de flor de laranjeira. 

O sabor fez lembrar o manjar turco, rahat lokum -  doce turco feita de amido de milho e açúcar. O sabor tem um quê de árabe e deu vontade de juntar um pouco de  nozes em alguns - com pistache iria ficar mais autêntico e bonito.  E com castanha do pará, mais de acordo com a mandioca. 

Bem, a fórmula é 200 ml de leite de coco, 150 g de açúcar cristal orgânico (serve qualquer açúcar) e 250 g de mandioca puba (fermentada em água por cerca de uma semana ou até ficar macia). 

A versão sem água de flor de laranjeira (basta excluir) lembra bem um mochi (doce japonês feito de arroz). 

Cozidos no vapor 


Como mochi 

Só acrescentei um pouco de nozes picadas em 
cada forminha 

Nas forminhas quadradas untadas com óleo para
ter cara de lokun 









Pimentas Neyde em conserva, fermentadas naturalmente

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Outro dia ganhei um tanto de pimentas de amiga Cris Hirashima colhidas no quintal da casa do pai. Perguntei o nome e ela disse se chamar Neyde. Achei coincidência pois tenho também uma pimenta preta (quando imatura é preta, mas quando amadurece fica vermelha), porém não muito comprida, mais arredondada. Mas a minha dou o nome de Nina Horta, pois ganhei dela muitos anos atrás - ele havia ganhado uma pimenta de um amigo que trouxe do México e perguntou se eu queria levar para plantar. Aceitei, claro. Nunca descobrimos o nome dessa pimenta que depois Nina também cultivou, já que fiz pra ela uma mudinha. Depois de sua morte, acho que o nome ficará para sempre.  Antes de morrer, Nina pediu à Dulce, sua filha, que não deixasse a pimenteira morrer. Dulce, com a falta de tempo de regar durante o tempo que acompanhou a mãe no hospital, deixou a pimenteira secar. Felizmente tenho sempre muita semente e fiz muda para Dulce, que plantou no jardim do prédio. 

Bem, mas pimenta Neyde ganhou esse apelido porque alguém com esse nome disse em um forum de pimenta que a variedade nasceu em seu quintal e não sabia o nome. Passaram a chamar de Neyde e assim ficou. 

Pimenta Nina Horta, nascida em uma 
composteira de vaso 

Pois bem, já ouvi dizer que a pimenta Neyde fica sempre preta. A minha Neyde, no entanto, chegou preta mas foi avermelhando conforme foi amadurecendo. E quando fiz a conserva, então, todas perderam o pretume e avermelharam. Aproveitei pra juntar um pouco da minha Nina Horta. As duas têm o sabor muito parecido. São do grupo das pimentas de cheiro e têm aquele perfume agradável e penetrante. São bastante picantes, mas muito saborosas. 

Como fiz 

Para fazer a conserva, lavei bem, fiz um corte em cada pimenta (com luvas) só pra conferir se não estavam mofadas por dentro - já que esperei alguns dias antes de fazer. E também para que as pimentas recebessem a salmoura por fora e por dentro, diminuindo as chances de se estragarem. 

Coloquei as pimentas dentro de um vidro e cobri com água filtrada. Pesei junto as pimentas com a água e adicionei 2% de sal (para cada quilo de pimenta + água, 20 g de sal). Para que as pimentas não boiassem, coloquei na superfície um saco com água ou poderia ser um peso qualquer de vidro ou cerâmica - um pratinho, por exemplo. Tampei o vidro (sem presilha) e deixei em temperatura ambiente. Duas vezes por dia, abria o vidro pra deixar escapar o gás formado. Quando parou de formar gás / espuma, tirei o peso, fechei e guardei na geladeira - uns 4, 5 dias.  Se formar uma natinha de mofo branco por cima enquanto está em temperatura ambiente, está pela ordem natural das coisas. Não tem problema algum, basta tirar. Quando mantida na geladeira, não há mais esta formação, que pode comprometer a aparência.  O sabor final é ácido e picante.  Delícia! 

Veja que algumas já começam a avermelhar 

Como fiz o corte - esta estava preta por 
dentro e foi descartada 




Pode deixar o vidro dentro de um prato 
para o caso de vasar salmoura 

Pão de forma com grãos, de fermentação natural

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Ando sumida do blog, mas no instagram tenho postado todos os dias. Acompanhe por lá também. Estou como @neiderigo. 
A receita deste pão é sempre mais ou menos a mesma, mas vou deixar registrada aqui como fiz desta vez porque este ficou bem bom e o registro é pra mim mesma também. 


Pão de forma integral, com grãos 

200 g de levain reformado (veja aqui como começar o seu)
250 ml de água fria  
10 g (1/2 colher de sopa de sal)
2 colheres (sopa) de mel 
60 ml de azeite 
50 g de farinha de trigo integral 
50g de farinha de centeio 
400 g de farinha de trigo branca* 
1 xícaras de grãos (linhaça, gergelim torrado, sementes de girassol, sementes de abóbora sem casca) 

* usei farinhas orgânica da Paullinia. 

Se tiver batedeira com gancho para pão, use. Se não, vai na mão mesmo.  Misture o fermento com a água, o sal, o mel, o azeite e junte as farinhas. Bata bem ou misture bem com as mãos. Vá juntando mais água aos poucos, se for preciso para fazer uma massa grudenta, mas densa, que você consiga mexer com as mãos sem que ela caia. Ou quando você consegue formar uma bola com a massa e ela se mantém - não precisa estar desgrudando das mãos. Ela deve ser tão grudenta quanto uma massa de pão de queijo. Se estiver caindo e perdendo a forma, é porque colocou água demais. Nesse caso, não há outro jeito se não acrescentar um pouco mais de farinha. Mas prefira sempre ir corrigindo a água e não a farinha (e elas variam o percentual de absorção de água dependendo da marca).  Quando a massa estiver bem homogênea (não precisa bater nem sovar muito), junte os grãos e misture bem. 

Separe uma tigela que caiba pelo menos o dobro da sua massa, unte com azeite e coloque a massa. Cubra com pano molhado e reserve em temperatura ambiente. Durante 2 horas, a cada 20 minutos, faça dobras na massa, espichando as bordas e dobrando pra cima, espichando até o outro lado, como se estivesse dobrando uma trouxa. O mesmo processo que está explicado no link que indiquei - este

Despois desse tempo, unte e enfarinhe uma assadeira de 10x10x30. Abra com as mãos a massa numa bancada ligeiramente enfarinhada, deixando a parte lisa para baixo. Enrole como um rocambole, coloque na assadeira, deixando a dobra pra baixo. Borrife água e coloque por cima sementes de gergelim preto e branco e ou linhaça.  Coloque a forma dentro de um saco plastico grande, pra não ressecar.  E agora, das três, uma: 

1. Espere crescer uns 20 a 30% e leve para a geladeira para assar no outro dia (cerca de 12 horas ou mais) e aí pode ir direto da geladeira para o forno. 
2. Deixe em local fresco se estiver quente ou morninho se estiver fazendo frio e espere até a massa chegar quase à borda. Leve então ao forno. 
3. Foi como fiz. Estava fazendo 10 graus. Comecei a fazer a massa umas 6 horas da tarde e deixei a forma a noite toda fora da geladeira. Assei hoje às 8 da manhã.

O importante é deixar a massa crescer até quase preencher a forma. 

Para assar, preaqueça o forno a 220 graus e asse por cerca de 50 minutos ou até dourar.  Deixei a grade do meu forno mais baixa e liguei a resistência de cima e de baixo, com ventoinha. Se não for assim seu forno, apenas deixe em temperatura máxima e observe nos primeiros 10 minutos. Se começar a queimar, reduza a temperatura para completar os 50 minutos e a massa ficar bem assada. 

Se tirar da forma e as laterais e fundo estiverem ainda branquelos, coloque novamente no forno por mais alguns minutos sobre a grade, sem a forma. 

Espere esfriar na grade, fatie e aprecie com moderação. 

Rende: 1 pão de aproximadamente 1 quilo. 





Focaccia

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Esta massa, fiz com frutinhos de bertalha roxa
(infusão, no lugar de água). 
A cor do miolo se perdeu - veja abaixo. 

Não sou expert em focaccia, mas tenho gostado das que tenho feito com fermentação natural.  Como a todo momento me perguntam a receita, vou deixar registrada aqui. Isto não exclui a possibilidade de que eu venha a melhorar a técnica. Por enquanto é assim que tenho feito.  A massa é praticamente a do pão, só que adiciono azeite.  

Focaccia 

200 g de levain já reformado (veja como começar um aqui

400 ml de água ou líquido colorido  (não despeje tudo de uma vez pois há farinhas que absorvem mais água que outras) 

500 g de farinha de trigo 

10 g de sal (meia colher de sopa) 

50 g de azeite de oliva 

Azeite para untar 

Azeite para espalhar por cima 

Cobertura que desejar 

Em uma tigela, dissolva o fermento com a água fria (deixe um restinho de água pra ir ajustando a consistência). Adicione a farinha de trigo e o sal e misture bem. Ajuste a água, se necessário, para que fique com uma consistência grudenta (você ergue com a mão e ela não cai).  Junte, aos poucos, o azeite. Incorpore bem. A massa vai ficar mais mole que uma de pão. Se quiser, use a batedeira desde o início se tiver gancho para pão. Passe a massa para uma tigela ou recipiente tipo tuperware que comporte pelo menos duas vezes a massa, com tampa bem untada com azeite.  Coloque a tampa e deixe em temperatura ambiente por 2 horas. Neste período, a cada vinte minutos, faça dobras, espichando a massa e cobrando como se fosse um envelope. Deixe sempre as dobras pra baixo na tigela, para ir criando uma tensão. Na hora de repetir as dobras, desvire a massa para que as pontas das dobras fiquem sempre do mesmo lado.  Resumindo, faça as dobras, vire. Desvire, faça as dobras, vire de novo e assim por diante.  Espere mais uma hora em temperatura ambiente (se estiver fazendo frio, deixe no forno fechado desligado com uma panela com água quente junto).  Leve para a geladeira e deixe por cerca de 12 horas - a tigela . Depois desse tempo, a massa deverá ter crescido no frio.  Tire da geladeira, deixe a tigela (continua com tampa) em temperatura ambiente por uma ou duas horas.  Unte com azeite uma assadeira de 25 por 35 centímetros, Coloque a massa aí, com a parte lisa (que estava por cima na tigela) para cima. Vá espichando devagar com as mãos até dar o formato retangular da assadeira.  Cubra com pano úmido e espere a massa ficar bem crescida (cerca de mais 1 ou 2 horas). 

Ligue o forno a 240 graus (se tiver opção, aquecimento em cima e embaixo) e deixe a grade na parte de baixo.  

Enquanto isso, misture 4 colheres (sopa) de azeite com 1 colher (sopa)  de água  e chacoalhe dentro de um vidro pra formar uma emulsão ou bata com um garfo. Espalhe sobre a superfície da massa e fure com os dedos. 

Espalhe por cima: cebolas em fatias, azeitonas pretas e alecrim, por exemplo. Enfie cada item dentro dos buracos dos dedos.  

Pode ser também: tomates cerejas, azeitonas e cebolas. Ou alecrim e sal grosso ou flor de sal. Ou  rodelas de abobrinha e pedacinhos de queijo. Ou ervas aromáticas, algumas panc e alecrim.   Ou tomate cereja, cebola, uva e alecrim. 

Enfim, a cobertura você pode inventar, mas sem cobrir totalmente a superfície.  Deve ser uma cobertura mais rala que numa pizza. 

Leve a massa ao forno, deixe assar por 10 minutos na grade inferior. Depois, suba a grade e deixe assar por mais 25 a 30 minutos ou até dourar. 

E está pronta !

 

A cor obtida com os frutinhos de bertalha roxa
estava linda, mas depois de assada, como o pigmento
da beterraba, desbotou. Continuou gostosa, ufa. 

Os pedaços desbotados, mas gostosos


Veja outras fotos e outras ideias no instagram em #kitcheneidefocaccia 











Capeba como couve

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Ontem tive que fazer poda no quintal e a capeba (Piper embellatum) foi pro chão.  Era tanta capeba que já não estava conseguindo passar.  A planta de sombra é parente da pimenta do reino, tem aroma com uma suave lembrança da especiaria, mas não é picante. É muito usada como planta medicinal, mas também é comestível das boas. Tem um certo amargor bem gostoso e pode ser usada como invólucro, refogada, cozida, na sopa, como tempero. A planta adulta tem os frutos na forma de dedinhos como a pimenta de macaco ou  pimenta longa e são comestíveis e aromáticos também. Os frutos maduros são docinhos.  Depois falo deles. 






Por enquanto é só pra dizer que pode usar as folhas como couve.  Pique fininho e refogue no alho.  Se estiver muito firme, acrescente um pouco de água quente e deixar cozinhar. Em poucos minutos estará macia e deliciosa.  A minha ainda tempero com pimenta do reino. 

Frutos de capeba

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Como disse no post de ontem, tive que podar uns pés de capebas e estavam todos carregados de frutinhos. A capeba é parente da pimenta do reino, do mesmo gênero Piper. Quando verdes são aromáticos mas não picantes e podem ser usados em temperos para peixes, files de frango, legumes etc. Pode incluir em qualquer tempero que levaria pimenta do reino. Eu prefiro raspar (verde ou maduro) para tirar a polpa com as micro sementes - pois no meio tem um talinho mais firme. Mas se for fazer algum prato ensopado ou cozido, pode colocar os dedinhos inteiros. 

Quando amadurecem, a polpa fica molinha e escura. Basta raspar e usar como tempero ou comer, raspando com os dentes ou com a faca, descartando o talinho duro.  É uma iguaria docinha, macia e crocante. Se tiver muitas, dá até pra pensar em fazer uma sobremesa. As sementes minúsculas devem ter o tamanho das sementes de baunilha, mas não são tão aromáticas. No entanto, dão uma crocância interessante. 

A polpa do fruto maduro, dá pra comer como sobremesa  

Os frutos maduros 

No pilão com alho, sal, tomilho e orégano

O talinho duro sem a polpa 

A polpa sem o talo

O tempero já socado 






Bolinhos veganos de lentilha amarela

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Com salada de pepino com tomate e palmito de bananeira 

Textura de falafel 

Uma daquelas receitas asiáticas que chegam pra gente na página inicial do Instagram e depois fica só a técnica malemá e alguns ingredientes marcantes. Então se alguém me disser que a ideia não é original, não vou contestar. Se disser que é inspiração, concordo totalmente. Se disser que é cópia, eu nego.  Se reclamar da falta de crédito, lamento, pois não encontrei mais a página para referenciar.  Então, aqui vai minha parca compreensão do que apenas vi. Enxerguei nos grãos usados lentilhas amarelas partidas, como as que tinha na despensa. Então, apenas deixei de molho para amolecer e juntei uns temperos que julguei pertinentes. É um tipo de faláfel apimentado delicioso. 

Mais ou menos meia xícara de lentilhas amarelas sem pele - pode usar lentilhas vermelhas. 
Deixei de molho por cerca de 3 horas, só pra amolecer 


Escorri, soquei no pilão até ficar bem triturado. Temperei com sal, cebola,
salsa, pimenta e alho. 


Se quiser, pode usar um mixer ou bater no liquidificador - se conseguir, sem usar água. Vai virar uma massa. Basta provar os temperos, ajustar se necessário e fritar às colheradas em óleo quente. 

Sirva com um molho de tahine ou um molho de iogurte ou coalhada. Servi o meu com uma salada com pepino, tomate, cebola, palmito de bananeira, tudo bem picado, temperado com sal, limão e azeite.  Nhac! 




Palmito de bananeira

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Da bananeira tudo se aproveita. Ainda não descobri uso para aquele talo que segura as bananas, mas todo o resto tem serventia. Seja para artesanato seja para comer. São comestíveis as bananas em todas as fases, as cascas dos frutos, os palmitos e as batatas, além das flores e coração.  Com as folhas a gente faz invólucros para embalar comida e com a parte externa do caule se faz cestaria e até tecido. 


Outro dia tive que podar a bananeira Musa velutina, uma espécie bastante ornamental, com bananas de casca cor de rosa e polpa gostosa, docinha, macia, mas com muitas sementes - também comestíveis. 

Como as bananas já tinham se auto descascado (elas se abrem sozinhas quando maduras, atraindo pássaros), cortei o caule e não tive coragem de dispensar o palmito. 

Basta extrair as camadas externas, deixando apenas 
este cerne coeso 

Faça um corte longitudinal e abra deixando o palmito 

Os palmitos - diferente das outras bananas, 
tem película rosada que praticamente 
desaparece com a cocção 

Vá deixando em água acidificada com limão 
(1 litro de água, suco de meio limão) para não escurecer. 
Cozinhe nesta mesma água e um pouco de sal por cerca
de 5 minutos ou até amaciar 

Qualquer espécie de banana tem o palmito comestível. Não é difícil de chegar a ele. Porém, há espécies que apresentam muitos fiapos.  Neste caso, enquanto ainda estão na água, pegue dois palitos de churrasco ou hashi e vá mexendo na água, fazendo movimentos giratórios. Os fiapos vão se grudando e assim pode tirar quase tudo.  Use tantem as mãos para puxar esses fiapos. A vantagem dessa espécie ornamental é que quase não têm esses fiapos. Pelo menos não tinham. Eu usei o caule já maduro e tudo bem também. Mas, quanto mais jovem (sem as bananas), mais macios são. Só muda o tempo de cocção.  

Se entre nós, o palmito de bananeira é quase um desconhecido, em vários países asiáticos, é um legume que se vende em feiras e mercados. No Sul da Índia, por exemplo, onde é conhecido como vazhathandu, há várias formas de prepará-lo. Em chutneys, curries, com lentilha e até como doces. Experimente dar um google e verá. 

Com minhas fatias já cozidas, fiz salada e um ensopado com leite de coco e temperos tailandeses. Ficou bem bom. Juntei também cubinhos de abóboras pra completar pois tinha pouco. 

Tudo picado: palmito de bananeira, abóbora quase 
madura e cebola branca e roxa . Ao lado, folhas
de chaplu, erva da família da pimenta do reino, muito 
usada na Tailândia - usei os frutinhos

Com abóbora e leite de coco 


O temperos bem triturados no pilão

O tempero: galanga, pimenta, talo de capim santo, 
folhas de limão kafir e frutinhos de chaplu

Como fiz: triturei os temperos, refoguei em óleo, despejei meia xícara de leite de coco e sal e juntei os legumes picados. Deixei cozinhar por cerca de 5 minutos até a abóbora amaciar, juntei mais leite de coco e deixei ferver. Conferi o sal e pronto. Sirva com pimenta e folhas de limão kafir com arroz. 

Fiz também salada com as rodelas. 


Agora, é só soltar a imaginação caso se depare com um palmito de bananeira por aí. 

Flor de bananeira com cogumelos

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Este coração é de banana são tomé, aquela roxa. Mas qualquer uma serve. Já expliquei como preparar o coração com suas flores aqui.  Basta ir desfolhando e tirando as flores. Mas, claro, você pode também fatiar o coração inteiro sem separar as flores. É que elas são especiais, tem formato interessante e absorvem o sabor dos outros ingredientes de qualquer prato com temperos marcantes. Mesmo depois de aferventadas (duas ou três vezes em água já quente com gotas de limão), ainda ficam amargas e um pouco tânicas, mas quando misturadas com outros ingredientes não percebemos nada. Ficam bem delicadas, incorporando o sabor e aumentando o volume do prato, conferindo uma textura de cogumelos ou algo assim. Por isto, desta vez, pensei em misturá-las com cogumelos, se beneficiando assim do sabor e da consistência. 

Entre as sépalas
Separadas




Para uma textura mais delicada, recomenda-se
tirar os pistilos que são como palitos de fósforo
no centro da flor - ficam mais duros quando cozidos


Flores já aferventadas 


Com cogumelos 


Como fiz:  refoguei cebolas em um pouco de manteiga e juntei cogumelos shitake fatiados.  um pouco de shimeji desmembrados e as flores de um coração.  Refoguei, mexendo sempre, em fogo alto, até o cogumelo amolecer. Juntei um pouco de cebolinha picada, shoyu e um pouco de mirim. Assim que a cebolinha murchou, apaguei o fogo e Nhac!   Com arroz branco desta vez.  




Vagem com amendoim

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Vou deixar aqui só para eu mesma não esquecer. Ficou tão gostosa esta vagem que quero repetir e aperfeiçoar. O tempero, como poderá ver, é bem oriental, mas os ingredientes são os que temos por aqui. A receita original, vi aqui - se gosta de passo a passo mais explicadinho, veja lá. 

Como fiz sem medida nenhuma, vou colocar aqui mais ou menos a técnica, minhas adaptações e as quantidades aproximadas.  Em uma frigideira com tampa dourei uns dois dentes de alho picados em 1 colher (sopa) de óleo de gergelim. Juntei mais ou menos 300 g de vagens e refoguei, mexendo sempre, frigideira tampada, por uns 5 minutos ou até ficarem cozidas, mas ainda crocantes. Enquanto isso, à parte, fiz um molho: coloquei numa tigelinha  colheres (sopa) de pasta de amendoim natural, 4 colheres (sopa) de água, 1 colher (sopa) de molho de peixe (pode usar shoyu para uma versão vegetariana), 1 colher (chá) de gengibre ralado, 1/2 colher (sopa) de suco de limão ou vinagre de arroz e 1 colher (chá)  de pimentas em flocos. Misturei tudo muito bem e despejei sobre as vagens já cozidas. Chacoalhei a frigideira pra cobrir toda a vagen. Deixei esquentar bem e desliguei o fogo. Se precisar, corrija o sal. Por cima, um pouco de amendoim torrado, cebolinha verde picada e pimenta dedo-de-moça picada. Simples assim. Com arroz branco ficou uma delícia.  


Nagasari ou doce filipino com farinha de arroz, leite de coco e banana-da-terra

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Tem filminho lá no instagram @neiderigo. Basta procurar #kitcheneidedocefilipino. Mas vou deixar aqui a receita, para que eu mesma a tenha sempre por perto. Tão fácil de fazer e tão a minha cara. Gosto desses doces asiáticos cozidos no vapor, com texturas macias ou liguentas, sabores delicados, pouco açúcar e principalmente porque são feitos com ingredientes tão nossos. Neste caso, leite de coco, farinha de arroz que a gente encontra em qualquer supermercado, polvilho de mandioca, açúcar e banana-pão ou então banana-da terra.  

O nagasari é um doce da Indonésia embalado em folha de bananeira.  Como qualquer receita tradicional, não há uma só forma de fazê-lo e embora o original fosse colorido de verde com folhas de pândano (uma erva muito usada na cozinha tailandesa para dar cor e perfumar), a maioria do que vi era branco e acho lindo assim. Hoje há cores variadas, como o azul feito com flores de clitória e até vermelho com corante.  O tipo de banana também pode mudar. A banana-pão ou marmelo (saba), muito usada, pode ser substituída por banana nanica ou da terra. Eu preferi a banana-da-terra madura, firme e cozida (só até amaciar) porque,  além do sabor delicioso quando cozida, tem a cor amarelo vibrante que contrasta com o branco da massa. 

De tudo o que vi, a melhor receita  encontrei aqui e que interpreto abaixo. 


Nagasari ou doce indonésio de arroz com banana  

12 pedaços de folhas de bananeira de 20 por 20 centímetros
100 g de farinha de arroz
400 ml de leite de coco
50 g
de polvilho ou fécula de mandioca 
100 ml de água
75 g de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
2 bananas-da-terra cortadas em rodelas (cada banana em 18 rodelas) 

Prepare as folhas de bananeira: as folhas frescas são rígidas e se rasgam facilmente quando dobradas. Para amolecê-las antes de usar, passe-as sobre uma chama ou um queimador elétrico quente. Ou ainda aqueça água em uma panela e mergulhe as folhas na água fervente por alguns segundos para amolecê-las. Certifique-se de secar as folhas com pano antes de usar. 

Coloque a farinha de arroz em uma panela e vá juntando o leite de coco aos poucos, misturando sempre para não empelotar.  Mexa bem até ficar homogêneo. Leve ao fogo médio e mexa continuamente até que se transforme em uma pasta grossa. Retire a panela do fogo e reserve. À parte, misture o polvilho de mandioca com a água . Antes que o amido se sedimente, despeje rapidamente sobre a mistura de farinha de arroz, mexendo bem.  Adicione o açúcar e o sal e misture bem. A massa fica meio pegajosa.

Prepare uma panela de vapor (cuscuzeira ou cesta de vapor) com cerca de 1 xícara de água na parte de baixo. 

Coloque duas colheres de sopa da mistura de farinha de arroz no centro de uma folha de bananeira, apoie sobre a massa três rodelas de banana e dobre a folha como um pacote, deixando as dobras para baixo.   Repita para fazer um total de 12 pacotes e cozinhe na parte do vapor por 25 minutos em fogo médio (despeje mais água quente caso seque). A banana pode ser cortada em fatias longitudinais e cobertas pela massa, para que fiquem no meio. 

Retire os pacotes e deixe-os esfriar até a temperatura ambiente antes de os servir. Fora da geladeira, duram de 1 a 2 dias. Mas na geladeira, podem ficar por até 1 semana. 

Rende: 12 doces 


Beterrabas, seus talos, suas folhas

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Olhe o tamanho do nabo negro! 

Um post só pra dizer que não deveríamos desperdiçar as folhas da beterraba, uma verdura como qualquer outra, gostosa e nutritiva.  Durante uma visita à Mantiqueira pra criar um prato com a Chef Anouk, acabou saindo um prato com beterraba, polenta de beterraba amarela com suas folhas salteadas e truta defumada, que ficará no cardápio do Donna Pinha por um mês.  Tudo o que colhemos e degustamos na Fazenda do Retiro, em Gonçalves, veio comigo. Eram beterrabas inteiras, comuns, coloridas, desbotadas, pela metade (porque degustamos). Todas folhudas.  Chegaram todas murchas. Mas mergulhei tudo na água fria e no outro dia as folhas acordaram bem vivas e dispostas a irem pra panela. 

As folhas apenas fatiadas e refogadas como couve. 
Aqui, junto com a própria couve. 

Fiz um  prato com as folhas e outro com os talos.  E também fiz como couve. Tinha algumas folhas de couve e piquei tudo junto.  Falei para o netinho Raul que tinha outro tipo de couve (acho importante que as crianças saibam o que estão comendo). Ele gostou igual. Outro dia percebi que ele comeu tudo e deixou a verdura. Antes que se acostumasse à situação, inventei uma nova forma, não de preparo, mas de apresentação.  Faço montinhos e ele pode pega com as mãos. Do blend de folhas, não sobrou nada. 

Murchas, como chegaram da viagem

Depois de mergulhadas em água.
Já bem reidratadas 

Folhas de beterraba amarela e da branca

As folhas são diferentes, mas todas comestíveis.
Usei primeiramente só as folhas verdes 

Separei as folhas das beterrabas branca e cor de laranja. Como disse, uma parte fiz como couve, junto com umas folhas de couve - mas poderia ser só folha de beterraba, que fica bom também.  

Aqui, só aferventada em água salgada

Creme de folhas de abóbora - igual ao
de espinafre 

Creme de folhas de espinafre

Apenas aferventei rapidamente algumas folhas em água salgada, escorri bem e juntei a um pouco de molho branco temperado com sal, cebola e noz moscada.  Só. Ficou uma delícia. (basta procurar como fazer um molho bechamel / molho branco, misturar e ferver).  Se quiser, espalhe um pouco de pimenta do reino moída na hora quando for servir.  E nhac! 





Talos de beterraba gratinados

Usei talos de beterrabas de todas as cores. Cozinhei em água salgada até que ficassem macios, escorri, cobri com molho branco, espalhei queijo parmesão ralado por cima e levei ao forno para gratinar. Ah, juntei ainda uns galhinhos de alecrim fresco antes de levar ao forno. Ficou uma delícia. Nhac! 

A beterraba branca é muito doce 


Combinou com as folhinhas de erva doce

Beterraba branca agridoce com folhinhas de erva doce 

Cozinhei a beterraba na pressão já cortada em pedaços, pois é muito grande. Acho que demorou uns 20  minutos. Como era super doce, pensei em fazê-la agridoce. Então foi só deixar os pedaços dourarem em um pouco de  manteiga com uma pitada de sal e, já com o fogo desligado, juntar umas gotas de limão. Juntei as folhas de erva doce, misturei e servi. Nhac! 


No prato lindo da Raiza Costa com TokStok

Salada de beterrabas coloridas 

Cozinhei as beterrabas de 3 cores em panelas separadas (podia ser tudo junto no vapor, na panela elétrica de arroz). Esperei esfriar, cortei em fatias e temperei com sal, açúcar, limão, azeite. Juntei ainda cebola roxa, uns pedacinhos de queijo de cabra e ervas do quintal (mitsuba, salsa do líbano, tagete, menta tailandesa). E também um pouco de pimenta em flocos vermelha e pimenta do reino. Nhac! 



Nabos, suas folhas e seus talos

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Outro post só pra dizer que não deveríamos desperdiçar as folhas de legume algum. A do nabo é deliciosa, meio picante como a raíz.  Estes negros e enormes foram colhidos junto com a Chef Anouk, do restaurante Donna Pinha, em Santo Antônio do Pinhal, durante visita à Fazenda do Retiro, em Gonçalves, MG, seu fornecedor de orgânicos. Eles cultivam variedades diferentes de nabo, beterraba, cenoura etc.   

Usei duas prensas 

Tudo o que colhemos e degustamos veio comigo. As folhas chegaram todas murchas. Mas mergulhei tudo na água fria e no outro dia acordaram bem vivas e dispostas a irem pra panela.  O nabo ainda não usei.  Com ele vou fazer kimchi, que tenho registrado aqui

Mas as folhas, já coloquei na prensa com sal, uma técnica japonesa de preparar este tipo de folha. Normalmente usam-se folhas jovens e fresquinhas. Embora minhas folhas já estivessem taludas e mais firmes, achei que poderia separar folhas e talos e preparar da mesma forma.  E assim foi. Lavei bem as folhas, juntei 1 colher (sopa) de sal para meio quilo de folhas e outro tanto para os talos.  coloquei em prensa própria, mas você pode colocar num recipiente e apertar com algum utensílio cheio de água pra fazer peso.  Depois de 24 horas, basta escorrer, lavar bem e apertar para tirar o máximo de líquido.  Piquei fininho tanto as folhas quanto talos. Mas preparei os dois com temperos ligeiramente diferentes.



Pra comer com arroz branco - ou como quiser. Nhac! 


Talos: piquei fininho e  temperei com vinagre de arroz, um pouco de açúcar e gergelim branco e preto torrados.  

Folhas: piquei fininho e temperei com vinagre de arroz, açúcar, pimenta, gengibre e gergelim branco torrado. 







Kimchi de rabanete preto

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Estes rabanetes enormes foram colhidos junto com a Chef Anouk, do restaurante Donna Pinha, em Santo Antônio do Pinhal, durante visita à Fazenda do Retiro, em Gonçalves, MG, seu fornecedor de orgânicos. Eles cultivam variedades diferentes de rabanete,  nabo, beterraba, cenoura etc.   No post anterior, mostrei como fiz as folhas. Veja aqui.  Agora, vou mostrar o kimchi que fiz com a batata e ficou uma delícia. 


Olhe só o peso de 1: 1,8 kg!

Este outro, o de baixo, não estava bom. 
Estava oco, já velho. O pequeno, verde tem polpa
colorida 

Descasquei e piguei o grande e o parte do pequeno, colorido 

Parte do pequeno, usei para fazer salada 

Para o kimchi, usei a mesma receita de kkakdugi ou kimchi de nabo que já dei aqui no Come-se. 

Kimchi de rabanete grande   (se quiser aprender a fazer o kimchi de acelga, está aqui: )

Faltou aqui a cebolinha, mas vou
acrescentar em breve 


1,8 kg de rabanete negro descascado e cortado em cubos de 2,5 cm aproximadamente
2 colheres (sopa) de sal 
2 colheres (sopa) de açúcar  
5 a 6 dentes de alho bem picados 
1 colher (sopa) de gengibre bem picado 
10 folhas de cebolinhas picadas (desta vez não coloquei, mas é bom acrescentar)
1/4 de molho de peixe (encontrado em loja de produtos asiáticos) ou shoyo
1/3 de xícara do caldo do nabo 
2/3 de xícara de pimenta em flocos (própria para kimchi, encontrada em lojas de produtos asiáticos 

Coloque o rabanete numa tigela, junte o sal eo açúcar, misture bem e meia hora. Escorra o líquido e reserva (um pouco vai ser usado nesta receita, o restante pode usar os poucos para fazer sopas, temperar saladas etc). Junte todos os outros ingredientes, coloque num vidro, apertando bem os cubos de nabo para que o líquido fique por cima. Mas não encha até a boca porque vai borbulhar. Cubra com pano ou com a própria tampa do vidro (mas não rosqueando totalmente porque vai fermentar e pode explodir se a tampa estiver fechada hermeticamente). Outra ideia, é colocar na boca do vidro uma luva de latex com um furinho num dos dedos - o ar vai sair mas o oxigênio não vai entrar). Deixe em temperatura ambiente. Depois de umas 24 horas a mistura vai começar a fermentar. Deixe por mais um dia ou até parar de borbulhar e coloque na geladeira. 

Compota de limão cravo e geleia de limão cravo

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Só fiz tudo isso porque comprei um descascador de laranjas

Aproveitando os últimos limões rosa da safra, aproveitei para usar o aparelhinho que comprei para descascar laranjas. É ótimo também para o limão fresquinho, ainda bem firme. As casquinhas podem ser secas para aromatizar chás - não esqueça de lavar bem os limões com paninho ou bucha vegetal antes de começar a descascar. 

Descasquei todos e separei as cascas


Cortei ao meio os limões descascados - regule ou aparelho para tirar casquinhas bem finas sem a parte branca. Se não tem o aparelhinho, use faca bem afiada e tire com cuidado. Elas serão todas picadas para a geleia.

Tire o suco dos limões para a geleia e separe as conchas para a compota. Aqui, brevemente, como fiz cada coisa.



Geleia de limão rosa

4 xícaras de água

As casquinhas dos limões picadas

2 colheres (sopa) de sementes e polpa amarrados numa trouxinha

Suco de 22 limões cravo (cravo, rosa, lava-tacho, china, capeta, cavalo etc) - tente deixar as conchas intactas, sem quebrar

2 xícaras de açúcar

Numa panela, coloque a água e as casquinhas de todos os limões, picadas bem fininho. Junte a trouxinha com as sementes e a polpa. Deixe cozinhar por cerca de 20 minutos ou até as casquinhas ficarem macias e o líquido reduzir à metade. Se precisar, junte mais água quente. Tem que restar 2 xícaras de líquido. Retire a trouxinha, espremendo bem, e junte o suco e o açúcar. Deixe cozinhar em fogo baixo até chegar ao ponto de geleia. Coloque em vidros fervidos e secos, feche bem e guarde na geladeira. Fica bem azedinha e ligeiramente amarga, boa para comer com queijos ou ser usada como parte de molhos agridoces para saladas. 

Para saber o ponto de geleia

Siga um desses truques para saber:

levante a geleia com uma colher de pau, a última gota deve ser grossa e demorar a cair;
tire um pouco, coloque num pires gelado, deixe esfriar e empurre a superfície com o dedo – deve formar ondinhas;
apóie uma tigela pequena de inox sobre uma bacia de gelo e coloque um pouco da mistura sobre ela – veja se está com consistência de geleia.

A geleia quente é molenga e, quando fria, é gelatinosa. Se tiver dúvidas, desligue o fogo, coloque um pouco num copo e deixe na geladeira. Se ainda tiver mole depois de gelada é porque precisa de mais um tempo de fogo.



Compota de casca de limão cravo 

Fiz a compota do mesmo jeito que faço compota de laranja amarga (da terra) ou limão zamboa.  A diferença é que fiz como minha avó fazia, sem tirar o bagaço. Apenas descasquei fininho, tirei o suco com as sementes para fazer a geleia e deixei as conchas de molho em água fria por 4 dias, trocando a água 2 vezes por dia. 


O limões descascados e já sem o suco.
E a calda aromatizada com manjericão cravo 



Coloque as cascas já demolhadas e escorridas em uma panela. Cubra com água e leve para ferver por cerca de 10 minutos ou até que estejam bem macias. Enquanto isso, faça uma calda com 2 xícaras de açúcar, 2 xícaras de água e umas folhas de manjericão cravo.  Deixe engrossar um pouco, mas sendo ainda uma calda rala. Junte as cascas bem escorridas e deixe aferventar por uns 5 minutos. Desligue o fogo, tire as folhas e espere esfriar. Ferva novamente e coloque ainda quente em vidro aferventado ainda quente também. Feche, espere esfriar e guarde na geladeira. Se faltar calda, faça um pouco mais à parte e despeje sobre a compota para que fique coberta.  Sirva com creme, bolo, iogurte, queijo de cabra, queijo cremoso.  As folhas, claro, são opcionais. Não precisa deixar de fazer se não as tiver por perto.  Basta não colocar, que também vai dar certo e ficar deliciosa a compota. 


Para ver outra compota de limão cravo aqui no blog,  tem a receita do querido Ocílio, que já se foi. 

GELEIA DE LARANJA COM TIRINHAS

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Geleia de laranja bahia com tirinhas da casca. De 2 delas tirei uma camada fina pra secar e fazer chá. Mas não precisa. Apenas lave bem 850 g de laranjas (pode ser Bahia, pera, laranja amarga). de preferência orgânicas e 1 limão rosa / cravo ou o nome que tiver em sua região.  Esprema o suco das laranjas e do limão, reserve. Tire a polpa e sementes das laranjas e do limão (reserve as sementes e 3 colheres de sopa do bagaço - amarre numa trouxinha de pano). O restante do baçaco, especialmente se for de laranja bahia, pode comer de colherada, que é docinho. 





Pique as cascas da laranja e do limão (a concha toda, sem precisar descascar) em tirinhas . Coloque em uma panela o suco, as cascas picadas, 1 litro de água e a trouxinha com sementes e bagaço. Deixe cozinhar até as cascas amaciarem. Tire a trouxinha, espremendo bem pra extrair todo o caldo -  é a pectina, que deve se juntar à mistura de suco e casquinhas. Junte 2 xícaras e meia de açúcar e deixe cozinhar até chegar a ponto de geleia - uma calda densa que demora a cair da colher. Veja dica aqui de como saber o ponto. 
Coloque enquanto está quente em vidros aferventados e ainda quentes. A mesma receita vale pra limão rosa, mexerica, laranja amarga  (nestes casos, não precisa do limão extra).

NHAC! 



Geleia de laranja amarga com pedacinhos

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Laranjas da terra - amargas

Sem a pele - tirei com descascador de manivela 

Tem muitas sementes e caldo amargo e ácido

As tirinhas deixadas a secar para usos diversos


As cascas para compota - parti ao meio, tirei a polpa
e cortei ao meio novamente, deixando de fora a 
inserção do cabinho 


As partes com cabinho e machucadas
que tirei 

Estas partes foram picadas finamente para fazer geleia

Faz-se uma trouxinha com sementes e polpa
que cozinha junto para incorporar mais 
pectina 

A geleia super rica em pectina 

Pelas fotos e legendas acima, dá pra ter noção da parte que usei para esta geleia. Eram pedaços de cascas mais frágeis, rasgados e aquelas perto do cabinho - tirei esta porção para deixar a compota mais uniforme.  Para não descartar, resolvi picar tudo e fazer uma geleia, usando água e um pouco de suco, que é muito ácido.  Então a receita ficou assim. 

Geleia de laranja amarga com pedacinhos 

2 xícaras de casca de laranja amarga (sem a película amarela) picada bem fininho 

2 litros de água 

3 colheres (sopa) de polpa e sementes da laranja amarga 

1 xícara de suco da laranja amarga

2 xícaras de açúcar  

Coloque em uma panela as cascas de laranja picadas e 1 litro de água. Deixe ferver por 10 minutos. Escorra a água e acrescente o litro de água fria restante. Coloque junto a polpa e sementes da laranja amarrados numa trouxinha (isto dará um aporte maior de pectina). Deixe cozinhar até a casquinha ficar bem macia - cerca de 30 minutos.  Tire a trouxinha, esprema bem, deixando cair o sumo na panela com a casquinha. Junte o suco e o açúcar e deixe cozinhar até formar uma calda grossa e chegar ao ponto de geleia.  Distribua a geleia ainda quente em vidros aferventados, escorridos e ainda quentes. Feche, espere esfriar e guarde na geladeira.  Ficou uma delícia, só um pouco amarguinha. 

Obs. as casquinhas viraram orange pepper ou tempero feito com pimenta, sal etc. Veja próximo post. 

Para saber o ponto de geleia

Levante a geleia com uma colher de pau, a última gota deve ser grossa e demorar a cair;
tire um pouco, coloque num pires, deixe esfriar e empurre a superfície com o dedo – deve formar ondinhas;
apóie uma tigela pequena de inox sobre uma bacia de gelo e coloque um pouco da mistura sobre ela – veja se está com consistência de geleia.
A geleia quente é molenga e, quando fria, é gelatinosa. Se tiver dúvidas, desligue o fogo, coloque um pouco num copo e deixe na geladeira. Se ainda tiver mole depois de gelada é porque precisa de mais um tempo de fogo.




Orange pepper. Ou tempero com casquinhas de laranja e pimenta

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Tempero versátil 

Orange pepper 

Das casquinhas daquela laranja da terra que colhi para fazer doce (veja aqui), fiz um tempero à moda do lemon pepper, só que com zest (a película colorida) da laranja, que tirei com aquela maquininha à manivela, meu mais novo brinquedo.  Usei casquinhas secas de 5 laranjas da terra mas pode ser de outra sem veneno, 1/3 de xícara de sal, 1/4 de xícara de grãos de pimenta do reino, 3 colheres (chá) de cúrcuma, 2 colheres (chá) de grãos de coentro e 2 colheres (chá) de pimenta vermelha em flocos. Basta triturar tudo (moedor elétrico ou manual)  e guardar em vidro pra temperar o que quiser: filé de frango, de peixe, cenouras, abóboras e outros legumes a serem assados com azeite, vinho branco etc.


As casquinhas secando 

As casquinhas já bem secas, com os outros
ingredientes 



Brotos de araucária são comestíveis

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Brotos ou ápica da araucária. É melhor colher
com tesoura a ponta e depois separar com tesoura

Sabia que os brotinhos ou ápice da araucária (o pinheiro que dá pinhão) é comestível? Segundo o Professor Valdely Kinupp, em sua tese de doutorado "Plantas Alimentícias Não Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS" , eles são comestíveis e podem ser uma opção pra enganar a fome durante caminhadas pela mata, ou por curiosidade. Pois eu colhi um pouco no sítio pra matar a curiosidade, de um pinheiro plantado por nós. Tem que deixar só o brotinho macio, tirar todas as folhinhas pontudas. Cozinhei em água salgada e ficou bem gostoso, um sabor algo resinoso próprio dos pinheiros.
O inconveniente é que só podemos colher de plantas mais jovens quando conseguimos alcançar. Depois ficam muito altas.

Colhi assim 


Cortei com tesoura só os brotinhos e tirei as folhas 
mais duras que os envolvem. Cozinhei por poucos
minutos em água salgada 

E usei com azeite sobre um homus de banana verde -
receita no post seguinte 










Homus com banana verde e brotinhos de araucária

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Os brotinhos aqui só pra fazer uma graça 

No post anterior falei da comestibilidade dos brotinhos de araucária. Veja lá.  E aqui digo como os preparei e servi a pequena porção. É difícil colher uma grande quantidade. Por isso, achei melhor usar como um destaque sobre esta pastinha feita com banana verde. 

Sei que não é um homus, mas fiz mais ou menos parecido, com a banana verde substituindo o grão de bico. E como não tinha tahini, usei manteiga de amendoim. Usei também iogurte natural e ficou muito bom. 

Como fiz: 



Pasta de banana verde 

Cozinhe bananas verdes bem verdes (de qualquer tipo) em panela de pressão. Assim que a válvula chiar, abaixe o fogo e espere 8 minutos. Espere acabar a pressão e abra a panela. Veja se as cascas estão rachadas. Se sim e se estão bem macias, estão prontas. 

Bata com mixer 3 bananas cozidas e frias, sem as cascas, junto com 1 colher de sopa eede manteiga de amendoim ou tahine, meia xícara de iogurte natural, 1 dente de alho picado, 2 colheres (sopa) de azeite e sal a gosto. Se precisar, junte água fria até chegar na consistência de purê.  Passe para um prato de servir e sirva com uma cobertura de sementes de girassol tostadas (em um pouco de azeite). brotinhos de araucária cozidos por alguns minutos em água salgada, sementes de romã e azeite a gosto.  Sirva com pão, torradas ou como quiser. 


 


Pão de fruta pão

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Trouxe uma fruta pão da feira de Ituberá, na Bahia e depois de uns três dias viajando chegou aqui já meio madura, macia e doce. Mesmo assim, cozinhei até a parte mais externa ficar macia e usei no pão. Devo ter cozinhado os quartos da fruta por cerca de 10 minutos. Só então descasquei, tirei o miolo e esperei esfriar antes de usar no pão. 

Segue a receita: 

Pão de fruta pão 

400 g de fruta pão cozida (pode usar verde ou meio madura) 

400 g ml de água 

400 g de fermento/ levain já reformado e borbulhante - ou use 10 g de fermento biológico granulado diluído em um pouco de água 

1 colher (sopa) de sal 

60 g ou 1/4 de xícara de azeite 

1 kg de farinha de trigo 

Bata no liquidificador a fruta pão cozida cortada em pedaços, a água, o fermento, o sal e o azeite. Se precisar, junte um pouco mais de água. Quando virar um creme, passe para uma tigela e junte a farinha. Misture bem, juntando água fria aos poucos caso seja necessário para virar uma massa densa mas ainda grudenta como a de pão de queijo. Passe para uma tigela untada com azeite ou óleo, cubra com pano úmido e a cada 15 minutos faça dobras, como se fosse embrulhar a massa.  Faça isso 4 vezes, sempre passando as dobras para o fundo para que as pontas não se abram. Por fim, cubra novamente e deixe em temperatura ambiente até dobrar de volume. `Passe a massa para uma mesa de trabalho enfarinhada, divida em 3 ou 4 porções, faça bolas, cubra com pano e espere 15 minutos.  Modele os pães e coloque em assadeiras ou formas de pão de forma. Cubra e espere crescer até recuperar o volume perdido na modelagem. Leve para assar por cerca de 40 a 50 minutos em forno pré-aquecido a 225 graus (se tiver duas resistências, ligue só a de baixo no máximo, com a grade posicionada mais perto do piso do forno) . 

Espere esfriar e fatie. 

Obs. Se quiser, antes de assar, pincele a superfície com uma mistura de gema e leite (1 gema e 2 colheres (sopa) de leite) ou use stencil e faça algum desenho com farinha. 

Obs2. Se sua fruta pão está verde e sem doçura alguma, inclua 2 colheres (sopa) rasas de açúcar na receita - isto vai ajudar a dourar sem comprometer o salgado do pão. 



Sabão simples de liquidificador com três ingredientes

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Eu costumo fazer bastante o sabão com folhas de mamão - veja aqui.  Mas, ultimamente, quando tenho livre de 5 minutinhos, faço uma receita de liquidificador infalível. É claro que você precisa de proteção (óculos, luvas, roupa que cubra braços e pernas) e fazer isso longe de crianças, por exemplo. Eu quase sempre faço isso sem proteção, mas tomo muito cuidado para não respirar o vapor da soda cáustica e evitar respingos, além de fazer quando estou sozinha, sem criança por perto. Porém, não vá por mim e se proteja, principalmente se você não tem prática. 

Numa tigela de plástico, vidro ou inox, coloque 125 ml de água fria e, por cima, 125 g de soda cáustica em lascas com pureza de 96 a 99 % (encontra em casa de produtos químicos, de limpeza ou de material para construção).  Misture com uma colher sem ficar muito perto e deixe em repouso por cerca de 10 minutos para que as escamas se diluam.  Coloque no liquidificador 1 litro de óleo usado e coado e bata bem.  Desligue o aparelho e junte a soda diluída . Feche o copo e bata até ficar com consistência de vitamina de abacate - cerca de 10  minutos. E está no ponto. Agora é só despejar em potes (pode usar caixa de tetrapack) e esperar umas 24 horas ou até endurecer. Desenforme e guarde por cerca de 60 dias para curar.  

Nos meus, gosto de colocar umas ervas - só pra fazer graça mesmo pois o perfume desaparece.  Neste, apoiei alguns galhos de alecrim no fundo das forminhas de silicone. 


Então é isso: 125 g de água, 125 g de soda, 1 litro de óleo. 


Sabão com caroço de abacate e sabão com folhas de mamão no liquidificador

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Que cozinha, suja louça. Quem cozinha, usa óleo. Se tem óleo e louça suja pra lavar, a gente faz sabão, oras. Já tenho aqui no blog uma receita maior com folhas de mamão  - veja aqui.  

Mas desde que descobri que posso fazer sabão no liquidificador. Não estraga o copo, muito pelo contrário, promove uma boa limpeza, isso sim, afinal é um sabão bem forte que estará ali. Se estiver usando uma soda com 96 a 99% de pureza (esta informação estará no rótulo)., a receita de liquidificador é infalível. 

É claro que você precisa de proteção (óculos, luvas, máscara,  roupa que cubra braços e pernas) e fazer isso longe de crianças, por exemplo. Ontem fiz teste para adaptar o sabão de folhas de mamão e também o de caroço de abacate -  dizem que é hidratante e deixa as mãos macias quando lava louça. De qualquer forma, faz uma pequena esfoliação e aumenta o rendimento. Já as folhas de mamão, dizem os antigos, deixa a roupa mais branca. Eu gosto também da cor. E, falar em cor, o de caroço de abacate fica bem escuro, então, use para lavar louça. E o neutro ou de folhas de mamão, deixe para lavar roupas. 

Aqui, repito a receita do sabão neutro que dei no post anterior:  

Sabão neutro 

Numa tigela de plástico, vidro ou inox, coloque 125 ml de água fria e, por cima, 125 g de soda cáustica em lascas com pureza de 96 a 99 % (encontra em casa de produtos químicos, de limpeza ou de material para construção).  Misture com uma colher sem ficar muito perto e deixe em repouso por cerca de 10 minutos para que as escamas se diluam.  Coloque no liquidificador 1 litro de óleo usado e coado e bata bem.  Desligue o aparelho e junte a soda diluída . Feche o copo e bata até ficar com consistência de vitamina de abacate - cerca de 10 minutos ou até menos. E está no ponto. Agora é só despejar em potes (pode usar caixa de tetrapack) e esperar umas 24 horas ou até endurecer. Desenforme, corte e guarde por cerca de 21 dias para curar - este período é necessário para que a soda tenha ação completa. Deixe em local fresco e ao abrigo do sol.  

Sabão com caroço de abacate 

Numa tigela de plástico, vidro ou inox, coloque 125 ml de água fria e, por cima, 125 g de soda cáustica em lascas com pureza de 96 a 99 %.  Misture com uma colher sem ficar muito perto e deixe em repouso por cerca de 10 minutos para que as escamas se diluam. Coloque no liquidificador 1 litro de óleo usado e coado e 1 caroço de abacate sem a película e picado (o meu tinha 80 g). Bata bem até o óleo ficar cremoso. Desligue o aparelho e junte a soda diluída . Feche o copo e bata até ficar com consistência de um creme liso  - cerca de 3 minutos. Agora é só despejar em potes (pode usar caixa de tetrapack) e esperar umas 24 horas ou até endurecer. Desenforme, corte em pedaços e guarde por cerca de 21 dias para curar - este período é necessário para que a soda tenha ação completa. Deixe em local fresco e ao abrigo do sol.  

Sabão com folhas de mamão 

No copo do liquidicador coloque 1 folha de mamão picada (50 g) e 150 ml de água. Bata bem e peneire sobre uma tigela de plástico, vidro ou inox. Meça 150 ml deste suco e junte 125 g de soda cáustica em lascas com pureza de 96 a 99 %.  Misture com uma colher sem ficar muito perto e deixe em repouso por cerca de 10 minutos para que as escamas se diluam. Coloque no liquidificador 1 litro de óleo usado e bata um pouco. Junte e a soda diluída no suco, feche o copo e bata até ficar com consistência cremosa como um creme de abacate   - cerca de 3 minutos. Agora é só despejar em potes (pode usar caixa de tetrapack) e esperar umas 24 horas ou até endurecer. Desenforme, corte em pedaços e guarde por cerca de 21 dias para curar - este período é necessário para que a soda tenha ação completa. Deixe em local fresco e ao abrigo do sol.






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